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18/06/2019 às 17h54min - Atualizada em 18/06/2019 às 17h54min

Vamos de trem para Montauk?

Uma análise sugestiva do filme "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"

Gabrièlle de Faria Sarro
Conacine
Clementine e Joel em "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" (Foto: Reprodução/Internet).

Sempre me atraí por filme com nomes complexos e grandes, talvez por ter a esperança de que a história dentro dele também seja grande e complexa, mas se apegar ao nome de um filme pra decidir qualquer coisa sobre ele nunca é uma boa ideia, bom… Quase nunca.

Brilho-Eterno-de-uma-Mente-Sem-Lembranças, são sete palavras, palavras que não deveriam fazer sentido estarem juntas mas estão, e por algum motivo fazem sentido, acho que esse filme todo é assim, pessoas disfuncionais, extremamente diferentes, com relações tão frágeis quanto um lago congelado e rachado, que logicamente não deveriam estar juntas mas, estão.

De todas as relações do filme, Clementine e Joel superam a inconstância do gelo e se descobrem maleáveis como água, quando Joel apaga Clementine de sua memória, ele passa por todas as fases do relacionamento e mesmo sendo um relacionamento quebrado, ele decide que não quer esquecer, ele tenta salvá-la em suas lembranças mais antigas, em seus momentos de segurança, mas não consegue, então tenta escondê-la em seus situações vergonhosas, e falha. Eventualmente, Joel percebe que não pode impedir o processo e abraça as lembranças, ele aproveita cada pedacinho delas, afinal vai ser a última vez que ele vai se lembrar.

Clementine apaga Joel e Joel apaga Clementine, mas eles voltam a se encontrar, eles se reconhecem, mesmo sendo completos estranhos um para o outro, porque algumas vezes, você precisa estar na vida de alguém e vice-versa, não é necessário ficar, as lembranças podem ser ruins ou boas, mas vocês simplesmente precisavam se conhecer, para crescer, para mudar, quando Joel apaga o que ele viveu com Clementine, é como se ele tivesse voltado no tempo, ficado preso no passado, tudo o que ele havia construído desmoronou, deixa que existir transformação. Quando nos permitimos mudar, quando somos motivados pelas pessoas à nossa volta é como se estivessemos possibilitando a metamorfose do ser humano.





Editado por Alinne Morais


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