O caso que ficou conhecido como o “monstro de Chiclayo''em que uma criança de 3 anos foi sequestrada e estuprada no Peru, acendeu o alerta máximo de justiça nos peruanos. O presidente Pedro Castillo (Peru livre) prometeu justiça ao povo e afirmou que lutará para adotar a castração química como método combativo a estupradores de menores.
O mandatário se pronunciou através de comunicado e enfatizou que um evento desumano como esse leva o Estado a endurecer as políticas de proteção às crianças, e prometeu justiça.
"Crimes de violência sexual contra crianças não serão tolerados por este governo nem ficarão impunes. A castração química é uma opção, não podemos esperar mais", disse o presidente.
A castração química consiste na administração de medicamentos que reduzem a libido e inibem o desejo sexual. É um mecanismo adotado a quem comete crimes de natureza sexual.
A IMPORTÂNCIA DE ASSISTÊNCIA ÀS VÍTIMAS“Diante do fato consumado, não acredito que a castração química seja a solução taxativa, muito menos para todos os casos, já que é preciso avaliação médica multidisciplinar para tal. Sugiro cautela, pois não há garantia de que o abusador irá se redimir e mudar o comportamento por déficit hormonal.”, afirma Rafaela.
“Quanto menor a criança, maiores são os obstáculos no tratamento: dificuldade em identificar sintomas devido à falta de capacidade das crianças em descrever alterações comportamentais, afetivas e cognitivas; uma vez que o abuso sexual é apenas uma parte de sua história, que, na maioria dos casos, vem acompanhada de outras formas de violência extra e intrafamiliar.”, pontua
O Unicef recomenda medidas fundamentais para coibir a violência letal e sexual contra crianças e adolescentes, como o investimento na proteção, a garantia de prioridade nas investigações sobre violências, além do acesso à informação aos menores.
“Ter cuidado na saúde primária de prevenção e educação sexual, com foco no respeito. Desde a família com psicoeducação positiva até as escolas, isto é, ensinar meninos e meninas sobre limites, consentimento e outras tantas questões como dessexualizar músicas ou acesso a conteúdos sexuais na infância, vigiar e zelar as conotações sobre “brincadeiras” de cunho sexual, matrimonial e jocosos deste âmbito.”, comenta.
“Para prevenir e responder à violência, é importante garantir que crianças e adolescentes tenham acesso à informação, conheçam seus direitos, saibam identificar diferentes formas de violência e pedir ajuda.”, informa o UNICEF.
Para denunciar qualquer caso de violência contra menores é possível acionar o conselho tutelar da região, ligar imediatamente para a polícia no 190, ou se dirigir a delegacia mais próxima. Denuncie!