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20/12/2022 às 15h21min - Atualizada em 18/12/2022 às 23h04min

Dia Nacional do Forró e os 110 anos do compositor Luiz Gonzaga

O ritmo é considerado patrimônio cultural imaterial do Brasil

Karina Cassimiro - Revisado por Jonathan Rosa
Artesanato feito em Caruaru. (Foto: Reprodução/Depositphotos)

Em 13 de dezembro, comemora-se o Dia Nacional do Forró, a data foi escolhida em homenagem ao nascimento do cantor e compositor Luiz Gonzaga, considerado o “Rei do Baião”. O Forró é um grupo de estilos musicais de origem nordestina, do qual fazem parte o baião, o xaxado, o chamego, o coco e o xote. Em dezembro de 2021, o gênero musical foi considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Para que o forró se tornasse patrimônio imaterial do Brasil foi feita uma solicitação de registro apresentada pela Associação Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz da Paraíba, sendo encaminhada para o Iphan.

Essa iniciativa teve o apoio de 423 forrozeiros de todo país, por meio de abaixo-assinado. O reconhecimento é importante para manter a cultura nordestina viva, o forró com seu ritmo musical e estilo de dança contribui com a construção da identidade nordestina e nacional estando presente em eventos como: a Festa Junina.

De acordo com pesquisadores, o forró surgiu no século XIX em Pernambuco e era chamado de forrobodó, pois como as pistas de dança eram de terra, as pessoas dançavam arrastando os pés para evitar que a poeira subisse. Era comum molhar o piso do local para realizar esses bailes, por conta disso o forró também era chamado de “rastapé” ou "arrasta-pé''.

Foi a partir da década de 50, com Luiz Gonzaga, que o forró se espalhou pelo Nordeste e pelo Brasil, foi nessa mesma época que os frequentadores dos bailes começaram a utilizar o nome “forró” derivado do forrobodó. Os maiores representantes do estilo são: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro (1919–1982), Dominguinhos (1941–2013) e Sivuca (1930–2006).

O ritmo musical contagiante com a sanfona, o triângulo e a zabumba conquistou o país. Com o passar do tempo, o ritmo passou por algumas adaptações, com a introdução de outros instrumentos e também modificando a dança. Dessa maneira, foram criados subgêneros, como: o Forró Eletrônico, o Pé de Serra e o Universitário.

Luiz Gonzaga do Nascimento

Neste ano de 2022, Luiz Gonzaga completaria 110 anos de nascimento. O cantor nasceu em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu, Pernambuco. Filho do casal Januário e Santana, aos oito anos foi convidado para substituir um sanfoneiro em uma festa tradicional. Antes de completar 16 anos já era conhecido na região por "Luiz de Januário", "Lula" ou Luiz Gonzaga.

Estátua de Luiz Gonzaga.

Estátua de Luiz Gonzaga.

(Foto: Reprodução/ Depositphotos)

Gonzaga foi soldado no exército, em 1930. O cantor teve dois filhos: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, conhecido como Gonzaguinha (1945 -1991), e Rosa Maria, filha adotiva. Apresentou-se em programas de calouro e começou a carreira musical na rádio. Em 1943, passa a se apresentar, com os agora famosos, trajes nordestinos. 

Segundo levantamento do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), o artista que levava a cultura nordestina e as realidades enfrentadas pelo povo sertanejo do Nordeste através da música, deixou 487 composições e 1.258 gravações cadastradas no banco de dados.

O Ecad ainda divulgou as músicas mais regravadas de autoria de Luiz Gonzaga, que foram “Asa branca”, seguida por “Qui nem jiló “e “O xote das meninas”. As três músicas de Gonzaga mais reproduzidas na plataforma Spotify são: “A vida do viajante" em parceria com seu filho, Gonzaguinha; “Asa branca" em parceria com Fagner e “O xote das meninas”.


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