Cinema vs Realidade (Foto: Reprodução/ People)O artigo Biografias no Cinema: resgate da memória individual e coletiva, publicado por Graziela Cruz, diz que a biografia começou a ser formulada em diversos âmbitos sociais, na necessidade de entender a preservação da memória no século XX. Ele ainda afirma que só em 1990, a preservação da memória coletiva de contextos históricos, literários, esportes e outras vertentes artísticas e sociais, começaram a fazer parte das produções cinematográficas, como forma de nos lembrarmos de histórias vivenciadas ou testemunhadas.
Após essa breve introdução, a redação do Dicas de Jornalismo, mostra para você, cinco histórias que marcaram o cinema com boas narrativas.
King Richard: Criando Campeãs
O filme que rendeu a Will Smith um Oscars, é uma daquelas histórias que conseguem mesclar um lado “doce” e, ao mesmo tempo, um lado dramático, apresentando situações que se passa antes da fama. O objetivo do filme em contar uma história de um pai que vê nas filhas o talento para o esporte de tênis, funcionou muito bem, mesmo se tornando clichê com a premissa pai e filha. A obra cinematográfica mereceu ter sido condecorada e ainda coroado o ator Will Smith mais uma vez como ator dramático.
O longa conta a trajetória de duas irmãs e seu pai em busca do sucesso através do esporte, aonde é identificado nas personagens um grande talento pelo tênis. O esporte consegue dar a elas fama e tirar a família da vida simples. Ainda sim, segundo o site veja, o legado de Richard Williams, tão brilhantemente relatado no cinema, deixou a desejar, sendo criticado por uma de suas filhas, onde revelou um abandono de uma família, que na trama, não é contada.
Um Sonho Possível
Até mesmo astros do futebol americano ganham biografias. A história de Michael Oher, também ganhou as telas do cinema. O filme é leve e traz a nós espectadores um encanto. Apesar disso, o astro garante que sua história não foi tão fácil assim como apresentado no filme.
O filme é estrelado por Sandra Bullock no papel da mãe de Michael Oher. A narrativa do filme é contada através do ponto de vista dela, Leigh Anne Tuohy, sua personagem. Passamos da metade para o final do filme, esperando uma tragédia, até mesmo por algumas cenas que dão esse indício, mas não acontece. Apesar de ser bom para Michael, será que não poderia ser um erro de roteiro? Ou será que a tragédia é sempre esperada pelo telespectador quando se trata de relatos de histórias reais?
Para quem achou que a história de Michael foi retratada como uma forma estúpida, segundo o portal UOL, pelo menos o roteirista e o diretor do filme levaram a trama a receber duas indicações ao Oscars em 2009 nas categorias de “Melhor filme” e de “Melhor atriz”, onde a atriz Sandra Bullock levou a estatueta.
Jobs
Steve Jobs neste filme prova ser um grande charlatão. Também apresenta ser um homem que sempre acreditou nas suas ideias. E não é atoa, já que ele se tornou um dos grandes nomes da revolução tecnológica. A Apple teve um grande fundador e se, de fato, tudo que é relatado nessa cinebiografia for verídica, Jobs provavelmente foi o seu próprio inimigo. Mas parece que até o fim de sua vida, ele teve tempo de se reencontrar consigo mesmo e com seus objetivos.
Tick, tick... Boom!
Aspirante a escritor de peças musicais, o compositor Jonathan Larson, colocou as letras da sua vida nos palcos do teatro, se tornando o músico mais respeitado da Broadway. Ele faleceu aos 35 anos no auge de sua carreira, vítima de um aneurisma cerebral.
A peça musical e o filme da Netflix, relata as questões, perguntas e angústias sobre 'ser bem-sucedido’ antes dos 30 anos financeiramente e pessoalmente, período onde parece ter “deixado de lado” as próprias vivências do presente, para focar no futuro, que acabou aproveitando por uma curta temporada.
Como uma peça teatral, o mais impressionante é a exata lição que o musical biográfico apresenta: você pode morrer tanto aos vinte quanto aos trinta e talvez as prioridades não queiram ser o centro de sua existência. Essa moral de contexto, ainda nos serve Andrew Garfield e Vanessa Hudgens cantando juntos.
Minha Fama de Mau
Essa talvez seja a melhor estética bibliográfica que você vai ter oportunidade de ver. Minha Fama de Mau, conta a história da ascensão do cantor brasileiro Erasmo Carlos, um dos integrantes da jovem guarda, e abre espaço pera sabermos como começou a amizade do Tremendão, cantor e seu colega de grupo, Roberto Carlos.
O roteiro optou por contar a história por uma espécie entre aproximação do personagem e quem está assistindo filme. Esta perspectiva, para alguns, é chamado, "quebra da quarta parede", onde o personagem central, "conversa", trocando texto com a câmera. Isso deixou o filme muito mais divertido do que o esperado, já que estamos acostumados com biografias audiovisuais tradicionais com atuação demarcada. Mas não é a primeira vez que vemos esse tipo de narrativa acontecer. Dead Pool, da Marvel e o filme biográfico, do YouTuber Christian Figueiredo, também usaram desta mesma proximidade.
Ainda para continuar, dente várias personalidades, Whitney Houston, ganhou uma biografia para emplacar mais um sucesso entre seus admiradores. Essa já está em cartaz em 2023. Uma obra que apesar de não sabermos se vamos gostar, já está sendo aclamada.
Em janeiro, perfis com nicho de filmes e series, pegaram internautas de surpresa, ao anunciar mais uma leva do audiovisual sobre a história de Michael Jackson. Tudo o que sabemos sobre tal produção, ao que tudo indica, é que o sobrinho do Rei do Pop, Jaffar Jackson, ficou com o papel do tio. Tudo em família! Afinal, além de cantor, ele é muito parecido com o astro quando era mais jovem.
Estamos todos prontos!
