Reunião com Ancelotti poderá definir o futuro técnico da seleção brasileira

Após a vacância do cargo de técnico da seleção brasileira de futebol, o italiano Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid da Espanha, passou a ser o mais cotado para assumir o posto. Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, iniciou um processo para contratação do novo treinador e chegou a dizer que sequer conversou com os próprios familiares sobre o assunto, pois tratará pessoalmente dessa questão, sem interferência de ninguém.

Ocorre que, nos últimos dias, passou a receber a ajuda do ex-jogador de futebol Kaká. O brasileiro atuou com Carlo Ancelotti no Milan. Aliás, Ancelotti é o "sonho de consumo" da CBF. Segundo alguns critérios estabelecidos pelo dirigente da entidade máxima do futebol brasileiro, a preferência é por um profissional estrangeiro, considerado de primeiro escalão, que fale português ou espanhol e que seja visto como uma unanimidade. O italiano seria o nome perfeito. Acontece que ele tem contrato com o clube de Madrid até junho de 2024.
 
Ancelotti tem um currículo invejável como treinador e tem  os requisitos traçados pela CBF, por isso, o presidente da entidade estava disposto a viajar ao continente europeu visando convencê-lo a deixar o time meregue. Entretanto, de acordo com Danilo Lavieri, colunista do UOL, os representantes de Ancelotti viajarão ao Brasil em março e essa será uma oportunidade de abordarem o tema pessoalmente. A CBF ainda não marcou um encontro oficial, mas a entidade está tentando ser discreta e cautelosa quanto ao tema.

Sobre isso dois pontos são importantíssimos. Primeiro: a proposta ser aceita pelo treinador. Sabe-se que ele tem um salário de aproximadamente 12 milhões de euros por temporada, quase três vezes mais do valor pago ao ex-técnico Tite. Segundo: saber em qual momento ele poderia se apresentar à seleção brasileira. Ao ser questionado sobre o assunto em algumas entrevistas, o italiano nunca chegou a afirmar que não se interessa pelo cargo. Esse é um ponto favorável ao Brasil. Porém, certamente não deixará o clube da capital espanhola antes do fim da temporada 2022/2023 e antes do término da Champions League. Então, a CBF precisaria convencer Ancelotti e o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez e ainda aguardar pelo menos até junho deste ano.           
 
Caso seja contratado um técnico de outra nacionalidade, essa não seria a primeira vez em que a seleção canarinha teria no comando um profissional de outro país. Apesar de não terem sido em campeoantos oficiais, no ano de 1944 o português Jorge Gomes de Lima, conhecido popularmente como Joreca, esteve à frente do Brasil em duas partidas. Já em 1965 o argentino Nélson Ernesto Filpo Núñez comandou nossa seleção em apenas um jogo. 
 
Se não prosperar a contratação de um estrangeiro, alguns nomes de brasileiros chegaram a ser citados pela imprensa brasileira e podem pintar como uma opção: Dorival Júnior, ex-Flamengo, recentemente campeão da Copa Libertadores e da Copa do Brasil com o clube carioca; Fernando Diniz, treinador do Fluminense, elogiado pelo seu futebol ofensivo e Mano Menezes, atualmente no Internacional de Porto Alegre. Alguns membros da imprensa brasileira chegaram a garantir que Mano seria o escolhido. Inclusive ele comandou o Brasil entre 2010 e 2012.
 
Enquanto não há definição, Ramon Menezes comandará nosso selecionado no amistoso contra Marrocos, na cidade marroquina de Tanger, dia 25 de março. Ramon foi campeão Sul-Americano com a seleção sub-20 em fevereiro deste ano. Apesar de não demonstrar muita pressa, acredita-se que até o próximo mês a CBF baterá o martelo.