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06/07/2023 às 19h47min - Atualizada em 29/06/2023 às 16h42min

Dialetos para você se enturmar em uma cidade que não é a sua

Nossas diferentes maneiras coloquiais enriquecem o vocabulário. Vem aprender alguns aqui e ache quem é você no país brasileiro

Marina Magalhães Prizan - revisado por Anna Sá
Foto:( Facebook). Dialetos regionais

Nossa língua portuguesa é muitas vezes complicada e difícil. Uma certa palavra pode ter outro sentido dependendo da frase onde é colocada. Por exemplo: se você for, eu morro, é diferente de: o morro é muito alto.
O nome desse conceito é chamado de palavras homógrafas: palavras iguais na escrita mas diferente em seu contexto. Dependendo de onde é colocada e da aplicação em uma frase. Também existem mesmo conceito de homógrafa para as palavras iguais na pronúncia mas diferente na escrita.

É basicamente sobre isso que vamos falar aqui. Mas esta não é a editoria de educação e escola, portanto não iremos te dar aula de Português ou Gramática aplicada, mas sim, lhe mostraremos o quão a língua portuguesa nos permite nomear as mesmas coisas que conhecemos com nomes diferentes.

Hoje é dia ajudar aquele amiguinho que vai para outra região a se enturmar com a linguagem habitual. O que também te provará que as culturas são diversas e que a forma coloquial de algumas palavras nos faz agir de acordo com a região onde vivemos.

Então, pegue seu caderninho, a sua caneta, ou seu notebook, e anota essas daqui:

Baixa (ou baixo) da égua: Expressão que pusemos em homenagem a Bahia e região. Também para galera que reside no Ceará. Esse modo de falar expressivo, pode ser usado como xingamento ou desdém (em regiões do centro-oeste), mas no Ceará, nos contaram, que serve tanto para xingamento, quanto para dizer, que você mora muito longe.
Você mora em certa cidade e tem preguiça de falar onde é? Ou não quer? Fala assim: ah, eu moro lá pra de baixo da égua!
Para os sulistas, especialmente paga o Alisson de Casamento às Cegas Brasil, da Netflix:
Cacetinho: o famoso pão de padaria, vulgo pão francês.
Candango lendo isso, que é quem mora em Brasília, até chora. Por que a Marina (redatora do dicas) mandou avisar: ‘que cacetinho, é o cacete’. Ou seja. Uma palavra de baixo calão, vulgo palavrão. E muitas vezes, a palavra cacete, é uma expressão, para quem vai sair na briga com alguém: "Vou te dar um cacete". Para ela e demais, é pão de sal ou pão francês mesmo. Também, gente boa como ela, nos ofereceu uma outra expressão de pão: sabe aquele pão quadrado que você compra no saco, que tem várias marcas que o produzem? A moça falou que se chama: ‘pão de forma’. Outra maravilhosa expressão dos Sul é: Alçar a perna, que quer dizer: montar a cavalo. Quê..?
E cada vez fica muito melhor. Exemplo? Temos!: Deixa eu te apresentar o novo Lindeiro.
Não sabe o que é? É Como se chama vizinho no sul! E ele? Chegou Solito.
Solito? Quis dizer sozinho.
E você? Tá solito aí?
 
Expressão do Nordeste:

Cafuringa: coisa pequena.
Ficamos pensando, será que rola lá de falar para um bebê, quem sabe criança, isso aqui:
- oi, Cafuringazinha..
Queríamos muito ver isso ao vivo!
Estrambólico: "que coisa estrambótica" é para nomear coisa estranha: isso tá estrambólico = isso está estranho.

Expressão do norte:

Já chega, a conversa aqui, lavou farelo, significa que a conversa lá morreu.
Alguém que pensou mesmo que a gente? Será que lá no Norte se fala : Seu ‘fulano de tal’ já lavou o farelo?
 Outras expressões: 
Mata o teú: mata lagarto!
Miudinho: pequeno.
Que menino miudinho.



 
Falas do Sudeste

Essas daqui a galeral do centro-oeste foi copia e cola. Praticamente todas os candangos conhecem. Mas, já que estão dizendo, que é do sudeste, fazer o que, né?
Cambito: Pernas finas
Larica: Fome. Frase usual: tem alguma coisa pra comer? Estou numa larica
Marombado: resumindo, é o povo da academia.
Tá ligado: entendeu? Em uma frase ficaria; você tá ligado né!?.. eu gosto muito de você.
Mas aí, vem a galera do centro-oeste,e tem a miscigenação de todas as regiões,tendo o: tá ligado, marombado/ maromba e marobeiro; continua sendo o povo da academia.
O famoso busão, baú: palavra usada para nomear diferentemente a palavra ônibus.
Pivete: criança ou adolescente.
Arrocha: vai lá, faz.
Arrombado: cara sacana  
Bagulho: aqui o bagulho é doido. Para dizer que tal lugar é diferente. E muitas vezes a expressão é usada mas para causar desconfiança, e meter medo, só pra zoar. Também é usado para nomear a palavra entorpecente.
Zoar, zoação, zoeira: brincar, brincadeira. Tô de zoação: estou brincando com você.
Caraca: Nossa, mentira!
Estou sem um tostão furado: estou sem dinheiro.
Véi: entonação de surpresa, ou um pretexto para chamar qualquer pessoa. 
Vamos o ir de metrô: na verdade é fazer a viagem no vagão do metrô, na estação.
Zica: quando uma coisa não está bem..
Dim dim: aquela bebida congelada de vários sabores no saquinho. Por famoso sacolé do Rio de Janeiro.
Breja: cerveja.
Rolê: sair ou festa . 'Vamô' dá um rolê ? = vamô 'saí'?


E você? Fala alguns destes modos ?


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