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19/08/2023 às 11h13min - Atualizada em 19/08/2023 às 10h33min

Entenda o marketing por trás da "onda rosa" que dominou os cinemas

Sofia Gunes - Revisado por Danielle Carvalho
Apesar de ser conhecido pelo público infantil, o live action da Barbie possui classificação indicativa de 12 anos, no Brasil. (Foto: Reprodução/UOL)

A boneca Barbie, criada em 1959 por Ruth Handler, esposa do cofundador da empresa norte-americana Mattel, Elliot Handler, fez parte da infância de muitas meninas. Apesar de ter mais de 60 anos, a boneca se manteve atemporal, se reinventando e se adequando à moda e às tendências de cada época. Além dos diversos produtos que estampam o rosto da boneca, como mochilas, roupas e materiais escolares, os filmes da barbie também cativaram o público. Mesmo já tendo lançado 37 animações, o 38° filme da Barbie, que foi produzido como um live action, gerou altas expectativas e impulsionou uma “onda rosa” por todo o mundo. Mas, afinal, será que todo o sucesso do filme se deu apenas pela fama da boneca?

Estreado em 20 de julho de 2023, o live-action de Barbie já alcançou mais de US$ 775 milhões nas bilheterias. Dirigido por Greta Gerwig, a boneca ganhou vida na figura de Margot Robbie e, ao contrário do que muitos esperavam, não é um filme voltado para crianças. A produção, que tem duração de 1h54m, aborda temas atuais como o machismo e o papel da mulher na sociedade, retomando a ideia da criadora, Ruth, que enfatizava que  por meio do brinquedo fashionista, as meninas podiam ser o que quisessem.

As ações de marketing

Além de lucrar com a bilheteria do filme, a Mattel também apostou em outro modo de fazer dinheiro, já muito utilizada pela Marvel: o licenciamento dos produtos da Barbie. Além de gerar lucros diretamente, esse licenciamento também é uma forma de marketing, pois, com a barbie estampada em diferentes lojas, o público se sente cada vez mais impulsionado a assistir a boneca nos telões.

Para despertar ainda mais o interesse do público, que já tem ligações afetivas com a boneca, a Mattel apostou na parceria com a Warner Bros para suscitar a nostalgia e espalhar a magia da Barbie. As parcerias com as empresas também foram fundamentais para a magnitude que o filme tomou. O lançamento do hambúrguer com molho rosa no Burguer King e as roupas com estampas da boneca na C&A são alguns dos exemplos que podemos citar.

Desde o lançamento do filme a rede de Lojas Americanas percebeu um aumento de 130% na venda de Barbies. E não foram apenas as grandes empresas que surfaram na “onda rosa”, os pequenos comércios também se aproveitaram do hype do filme e adotaram a tendência “barbiecore”, deixando o rosa dominar as vitrines e apostando em itens temáticos que remetem ao filme, o que aparentemente vem dando retorno. 

Além dos produtos temáticos, os espaços instagramáveis também foram sucesso durante o lançamento do filme. Por todo o mundo as caixas gigantes da boneca fizeram sucesso nos cinemas e fora deles. Desde crianças a adultos, a caixa fez sucesso com os telespectadores, afinal, quem não quer se sentir como uma Barbie não é mesmo?



É possível observar o resultado de todo o trabalho de marketing feito em torno do filme já nas semanas de lançamento. Quem foi ao cinema recentemente se deparou com uma avalanche de roupas rosas e muitas pessoas de todas as idades, ansiosas para assistir a estreia. Além do grande público nos cinemas, nas redes sociais o lançamento de Barbie também gerou repercussão com compartilhamento de trechos, frases e, é claro, muitos memes.

 

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