13/04/2024 às 13h51min - Atualizada em 13/04/2024 às 13h51min
Reencontro: Minas elimina Osasco e terá nova decisão contra o Praia Clube
Vitória da equipe belo-horizontina por 3 sets a 1 marcou despedida da Carol Gattaz, teve ponto decisivo da xodó da torcida e confusão da comissão osasquense com arbitragem
Paulo Octávio
Equipe celebra vaga para final após vitória suada. Foto: mtcvolei/Instagram No vôlei feminino, cada volta é um recomeço para Minas e Praia Clube. Pela quinta vez desde 2018, a equipe de BH e a de Uberlândia decidirão uma Superliga. É a quinta final entre as mineiras nesta temporada. Minas venceu a Supercopa e o Sul-Americano, enquanto o Praia conquistou o Campeonato Mineiro e a Copa Brasil.
Essa nova decisão será no dia 21 de abril, às 10h, no ginásio Geraldão, no Recife. TV Globo e Sportv transmitirão o jogo para todo o Brasil.
Clube da capital mineira conseguiu a classificação após vencer o Osasco por 3 sets a 1, no começo da madrugada de sábado (13), na Arena JK, por três sets a um, parciais de 25/23, 25/18, 15/25 e 37/35. A vitória no quarto set teve contornos dramáticos com 13 match points em 19 minutos. O ponto final marcado pela Thaísa, xodó da torcida. Ela inclusive levou troféu Viva Vôlei como melhor jogadora da partida.
“Foi um jogo muito tenso. Oscilamos bastante e faltamos em alguns momentos. Tentamos nos ajustar no decorrer do jogo, mas conseguimos manter a calma e a disciplina tática, que perdemos totalmente no terceiro set. Nos ajudamos e confiamos uma na outra”, disse a central Thaísa para o Sportv.
Essa foi a última partida jogo do time em casa pela temporada. E também marcou a despedida da Carol Gattaz que, após 10 anos, vai para o Praia Clube. “Meu dever foi cumprido aqui. “Acho que, nesses dez anos em que estive aqui, entreguei tudo o que pude, fiz tudo o que pude pelo time. O vôlei do Minas cresceu, e eu sou muito feliz em ter feito parte disso. Só tenho a agradecer ao Minas Tênis Clube e à essa torcida maravilhosa”, afirmou Carol que chorou ao fim do jogo.
Após o fim do jogo, a comissão técnica do Osasco partiu para cima da arbitragem. Segundo Globo Esporte, os componentes ficaram irritados com a não marcação de uma bola para fora e decisão de alguns desafios. Alguns se sentiram ofendidos, e o técnico Nicola Negro chegou a apartar o tumulto que logo foi resolvido.
Mais cedo, o Praia Clube conseguiu a vaga após vencer o Flamengo pelo segundo jogo e também eliminou a partida de desempate.
Copeiro, Minas vira; Gattaz ferve a Arena
Osasco conseguiu se impor e chegou a abrir 18 a 14 no placar com bom jogo da levantadora Giovana e das centrais Brionne Butler e Callie. Porém, na sequência de Julia Kudiess no saque, as mineiras encostaram. Até Carol Gattaz entrou no final para delírio do torcedor já emocionado pela despedida. Thaísa, como sempre, brilhou e fechou o set em 25 a 23 para o Minas.
Minas vira de novo e abre vantagem
Outra vez, o time paulista conseguiu uma folga no placar, mas permitiu reação do adversário. Nervosas, osasquenses tomaram a virada e viram o Minas chegar a 15 a 10 no placar. Nesse meio tempo houve um lance polêmico. A líbero Nyeme subiu na altura da rede para evitar o ponto das visitantes. Osasco reclamou que a jogadora não poderia atacar, mas a regra diz que a líbero pode tocar na bola desde que o objeto não esteja por cima do bordo superior da rede. Por isso, arbitragem considerou o lance válido.
Técnico Luizomar Moura trocou a levantadora Giovana pela reserva Kenya, mas a escolha não deu certo. As donas da casa mantiveram o padrão e chegaram a 25 a 18.
Osasco passeia enquanto rival descansa
Nicola decidiu se poupar, e Thaisa e Pri Dairot ficaram boa parte do set no banco. Assim, as visitantes abriram 11 pontos de vantagem. Minas até tentou reagir no final, mas a falha da Vitória, que pisou na linha ao sacar, decretou o fim do set com 25 a 15 na parcial. Dessa forma, Osasco seguiu vivo na partida.
Último set foi digno de cinema
Com obrigação de vencer para forçar o tie break, o Osasco mais uma vez conseguiu ficar em vantagem e abriu quatro pontos de frente. Mas, outra vez, o Minas encostou. Só que a reta final ganhou contornos dramáticos porque ninguém conseguia abrir uma diferença de dois pontos. Cansadas, várias jogadoras erraram saques e alguns fundamentos. Osasco segurou a pressão e subiu a nota de corte para fim do set, mas, na reta final, voltou a se irritar por uma decisões da arbitragem. Desde o primeiro match point do Osasco até o 37º ponto foram 19 minutos de pura emoção. Time paulista teve cinco chances de fechar o set, e as mandantes, oito. Minas manteve a disciplina tática e conseguiu fechar a partida com bloqueio da Thaísa, o que explodiu a Arena de vez.
PRÓXIMOS JOGOS
Minas volta a quadra para decisão “pão de queijo” contra o Praia Clube, no próximo dia 21, às 10h, em jogo único, no ginásio Geraldão, no Recife. Já Osasco entra de férias e regressa em agosto após temporada da seleção.