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22/08/2019 às 11h55min - Atualizada em 22/08/2019 às 11h55min

Carol, uma joia em audiovisual

O filme foi baseado no livro de Patricia Highsmith e conta o romance lésbico entre Carol Aird e Therese Belivet

Lucas Amorim - Cinema
Carol é uma mulher elegante, calma e com personalidade, já Therese é uma jovem que está descobrindo sua sexualidade e vocação. (Foto: Reprodução / Internet)
“Carol” é um filme de romance dramático do ano de 2015 e narra o romance entre duas mulheres em plena Nova Iorque de 1950. Dirigido pelo cineasta Todd Haynes, conhecido pelo seu estilo sofisticado e melodrama, o drama da obra mantém as mesmas características vistas nos filmes: Longe do Paraíso (2002) e Velvet Goldmine (1998), do diretor. Haynes teve como influências cinematográficas para construir a ambientação da década 50 o trabalho de Ruth Orkin e Morris Engel, especialmente o filme Lovers ond Lollipops (1956).

O filme foi baseado no livro de Patricia Highsmith, republicado em 1990 com o título homólogo “Carol”. A obra narra o romance lésbico entre Carol Aird (Cate Blanchett) e Therese Belivet (Rooney Mara). Highsmith escreveu o livro, com a primeira publicação intitulado de The Prince of Salt, inspirada em um encontro real que teve com uma mulher loira, em uma loja de departamento em Nova York, próximo ao Natal de 1948, onde trabalhava como balconista.

Carol e Therese se vêm pela primeira vez em uma loja de departamentos de Nova York. A primeira está em busca de um brinquedo para sua filha, e a segunda trabalhava na exaustiva rotina do comércio no período natalino. Carol está passando por um processo de separação com seu marido Harge Aird (Kyle Chandler), o casamento dos dois era sustentado por aparência. Therese, além de trabalhar como balconista, adora fotografia. Ela namora um jovem rapaz, porém após conhecer Carol fica em dúvida em relação a sua sexualidade.

Depois de alguns encontros, o interesse inicial que as duas haviam mostrado após a primeira troca de olhares se tornou paixão. Haynes transforma, no segundo momento, o enredo inicialmente lento, focado na construção do amor entre as duas mulheres, em uma narrativa intensa e cheia de adrenalina.

Assim que Harge descobre o envolvimento de sua mulher com a jovem Therese, ele decide proibir Carol de ver a filha do casal a acusando de desvio de conduta, por causa de sua sexualidade. Para fugir da conturbada vida na cidade de Nova York Carol convida Therese para viajar pelo oeste dos Estados Unidos. Durante o período que passaram viajando elas viveram muitas experiencias que serviram como processo de descobrimento para Therese. Quando voltam para à cidade, ambas não eram mais as mesmas.
     
O roteiro foi escrito por Phyllis Nagy e teve sua primeira versão escrita em 1996. Nagy consegue construir com maestria a história de amor entre as duas personagens. As personalidades distintas das protagonistas do filme dão mais verossimilhança para o romance de Haynes. Carol é uma mulher elegante, calma e com personalidade, apesar da sua fragilidade quando se trata da sua relação com o marido. Therese é uma jovem menina tímida, que está insatisfeita com o trabalho e está descobrindo sua sexualidade e vocação.
 
Principais prêmios da obra:
Queer Palm (Cannes) – Todd Haynes
Palma de Ouro de Melhor Atriz – Rooney Mara
New York Film Critics Circle Award de Melhor Diretor – Todd Haynes
New York Film Critics Circle Award de Melhor Filme


Editado por Alinne Morais

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