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25/10/2019 às 00h08min - Atualizada em 25/10/2019 às 00h08min

Afinal, por que Simeone faz João Félix defender?

Projeto do treinador argentino é fortalecer as qualidades defensivas de seu atacante e de seu clube

Gabriel Araújo - Editado por Paulo Octávio
Foto: Jornal Record de Portugal

Diego Simeone, em seus tempos de glória, foi um daqueles volantes de jogo duro. Por isso, ele chegou a se exceder por ser um jogador “raçudo”. Mesmo com esse temperamento, Simeone demonstrou profissionalismo e comprometimento para com as equipes que defendeu. Isto é o que ele busca em João Félix, jovem promessa vinda de Portugal. Diego sabe do potencial ofensivo de Félix e deseja trabalhar o talento do atleta também no campo defensivo. O treinador do Atlético transformou a equipe num conjunto que dá tudo de si pelo coletivo, em especial na defesa.


Foto de Leo Miranda, do Painel Tático.

Foto de Leo Miranda, do Painel Tático.


Foto de Leo Miranda, do Painel Tático.

Foto de Leo Miranda, do Painel Tático.

Fotos de Leo Miranda, do Painel Tático (Globo Esporte)

Segundo Diego, o brilho de alguns atletas às vezes 'cega' a equipe para as boas oportunidades de trabalhar a bola em conjunto. Isso não impede que  um jogador se transforme em estrela. Mas que este possa compreender sua importância para o coletivo e a partir daí auxiliar o desenvolvimento de seus companheiros, seja através de um feedback, ou de um treino mais duro em jogadas ensaiadas. O auxílio mútuo, a troca de informações e o desenvolvimento da equipe são questões naturais quando estes elementos estão grudados na mente de um atleta.
 

Para aplicar esse padrão com Félix, Simeone trabalha o jogador nos âmbitos pessoal e profissional. Lidar com garotos jovens não é algo fácil. Mas o técnico investe na mentalidade de esforço contínuo e muito trabalho duro desde cedo. “Evidentemente o que te aproxima de poder competir bem é a tua forma de treinar. Que isso não seja apenas um passo no treinamento, mas que haja o desejo de crescer no treinamento desde o técnico, o tático e o físico. A insistência do treinador pode aborrecer os jogadores, mas com o tempo os faz crescer”, explicou Simeone em entrevista para o jornal La Nación.

Outro ponto crucial é enxergar um posicionamento diferenciado dentro do estilo de jogo que sua equipe possui. Sendo firme e assertivo em suas opiniões, Simeone reconhece e estimula as características de seu mais novo atleta sob uma perspectiva que ninguém imaginava ser possível. 


“Nós queremos construir os jogadores desde os 21 e 22 anos. Desde Giménez e Koke, para que anos depois sejam os Grizmann e os Oblak. Porque quando Oblak chegou não era o melhor goleiro do mundo. Quando Griezmann chegou ele não era um atacante, era um ponta pela esquerda, e quando o colocava no ataque, me diziam: ‘Tire-o porque esse rapaz veio para jogar aberto’. Como vai jogar por fora?, eu respondia, se é pequeno, rápido, faz boas diagonais, cabeceia, tem chute de média distância, rompe linhas, como vai jogar por fora?!”.

Highlights do atual camisa 7 do Atlético de Madrid, via ScoutNationHD

Cada nova peça que entra gera uma alteração no ambiente de jogo e essa mudança é pensada para que o conjunto possa crescer e gerar maior identificação por parte de todos em busca de um projeto maior, que vem sendo desenvolvido. Esse espaço para melhoria interna é algo que gera um crescimento através da competitividade sadia dentro do grupo, além do amadurecimento da equipe. 


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