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22/04/2020 às 21h46min - Atualizada em 22/04/2020 às 21h46min

Coronavírus: a vida já não é mais a mesma

Uma crônica para os tempos difíceis

Heide Moura - Revisado por Mário Cypriano
(Site Stock Adobe - Foto por Gerasimov174)
De repente tudo mudou.
O mundo está de cabeça para baixo e não se fala em outra coisa.
Como algo tão invisível conseguiu tomar tanta proporção?
Você liga a TV, abre as redes sociais e lá estão eles: pandemia,  coronavírus, covid-19, quarentena.
Não se fala em outra coisa.
A rotina foi transformada. Quem antes desejava umas férias prolongadas em casa, hoje não consegue mais passar o dia alternando entre o quarto e a sala.
Uma sociedade que não tinha tempo para nada, hoje tem tempo e diz que não tem nada para fazer. Vai entender...
Existem aquelas pessoas que sentem saudade até do que não gostava antes. Seja ter aulas presenciais, enfrentar o engarrafamento caótico nos horários de pico ou esperar seu ônibus no ponto enquanto conversava com o tiozinho da pipoca.
Tem também aquelas que valorizavam tanto as redes sociais e hoje já não aguentam mais. Sentem saudade das coisas mais simples, especialmente do calor humano. Sabe o abraço?  São nestes momentos que apreciamos o poder de um. Mas não podemos. E uma chamada de vídeo não ameniza a vontade.
Certo dia eu fui ao supermercado e à medida que passava pelas ruas, me sentia em um filme.
A cada passo, pessoas cruzavam de máscara pelo meu caminho. Se havia sorriso, este estava escondido por ela. Uma pena. Sinto saudade disso.
Pelo menos temos o olhar. E mesmo entre olhares de desilusão, ainda há esperança.
Mas a verdade é que ninguém sabe o rumo que isso vai tomar. Nem mesmo quando vai acabar.
De fato, só esperamos que as coisas se normalizem e o sentimento ruim não passe de uma terrível sensação.
Aos poucos, entenderemos que para tudo há alguma lição. Neste caso, vemos o quanto precisamos ser gratos e como estamos no mesmo mundo.
Quem sempre respirou, hoje procura o ar e tem que pagar. O amor ao próximo vale muito. E o dinheiro... Ah! Ele não compra a vida não.

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