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05/08/2020 às 11h38min - Atualizada em 05/08/2020 às 11h30min

Goleiro Bruno terá que usar tornozeleira eletrônica

O atleta está cumprindo pena em regime semiaberto domiciliar e foi contratado pelo Rio Branco –AC

Bianca Costa - labdicasjornalismo.com
Goleiro Bruno / Foto: AFP
O Ministério Público do Estado do Acre pediu para que o goleiro Bruno passe a usar tornozeleira eletrônica durante o treinamento e também nos jogos que o jogador fizer pelo Rio Branco. Tales Fonseca Tranin, promotor Criminal de Execução Penal e Fiscalização de presídio, incluiu no pedido uma recomendação, para que em caso de danificação do aparelho, o conserto seja pago pelo clube. "Como é a profissão dele, estou pedindo para que o Rio Branco-AC, que é o empregador, arque com os custos se houver danos. Porque também não é justo o Estado ficar pagando a tornozeleira toda vez que estragar, porque vai ficar levando porrada de bola. O pedido é esse", afirmou Tales Tranin.

O promotor também solicitou que além do uso da tornozeleira eletrônica, Bruno deve apresentar uma carta de emprego ao Instituto de Administração Penitenciária. O goleiro deverá seguir as regras do regime semiaberto, como se recolher após as 18h durante a semana e não sair de casa aos domingos e feriados nacionais. Em caso de jogos em dia de domingo ou nos jogos que devem acontecer durante a semana após as 18h, Bruno precisa pedir uma autorização à justiça para que possa jogar.

O goleiro Bruno foi apresentado no último sábado (1) pelo Rio Branco Futebol Clube e já treina com o elenco desde quinta-feira (30). O contrato é de seis meses e prevê que o goleiro dispute a série D do Brasileirão, Copa Verde e Campeonato Acreano. 

Assim que o goleiro Bruno, foi anunciado no atual clube, o time já sofreu alguns problemas, como a perda do único patrocínio, que é uma rede de supermercados da região. Além disso, a técnica do time feminino, Rose Costa, pediu demissão do comando da equipe feminina. Em resposta a esses acontecimentos, o presidente do clube Neto Alencar alegou que Bruno é uma das maiores contratações da história do clube e que não iria desistir da contratação do jogador.

Desde 2014, o goleiro tenta volta aos gramados, mas não consegue se firma em um time. No início de 2020, o Operário MT desistiu da contratação após torcedores protestarem contra a contração. O mesmo já tinha acontecido com Fluminense de Feira. Em 2017, Bruno acertou com o Boa Esporte e chegou a participar de cinco partidas, mas teve que voltar para a prisão. 


Torcedoras protestam contra a contratação do goleiro Bruno/ Foto: Chico Ferreira

Caso Eliza Samudio

Em 2010, Bruno foi acusado de ser mandante do assassinato da modelo e mãe de seu filho, Eliza Samudio. Um jovem de 17 anos, primo de Bruno, afirmou que na noite em que Eliza sumiu após ser levada ao sítio de jogador em Esperança, Minas Gerais. Em depoimento, o jovem confirma que deu coronhadas na modelo, que desacordada teria sido morta por estrangulamento e esquartejada por traficantes a mando do goleiro e dada a cachorros, os ossos teriam sido concretados. Bruno foi condenado em março de 2013. O goleiro foi condenado em 17 anos e seis meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado, três anos e três meses por sequestro e cárcere privado e mais um ano e seis meses por ocultação de cadáver.

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