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08/12/2020 às 22h01min - Atualizada em 08/12/2020 às 21h53min

Cidades litorâneas cancelam festas de Réveillon pelo Brasil

Devido à pandemia, eventos de queima de fogos foram suspensos para evitar aglomerações

Melissa Costa - Alexandra Machado
Foto: Pei Fon/Secom Maceió
A esperança de que a pandemia tivesse se estabilizado, até as comemorações das festas de fim de ano, era grande. A retomada nos números da economia do setor de turismo mostrava a tendência. Entretanto, durante os últimos dias, os casos de coronavírus vêm crescendo em todo o país, fazendo com que autoridades precisem tomar medidas drásticas, mas necessárias para conter uma segunda onda da doença.

Entre as medidas, o cancelamento da queima de fogos em cidades litorâneas de todo o Brasil é uma das mais optadas. O evento, que costuma reunir anualmente milhares de pessoas em orlas e faixas de areia, não poderá ser realizado neste ano de sul a norte do país.

Em São Paulo, praias como Santos, Guarujá e Praia Grande anunciaram o cancelamento doas comemorações de Ano Novo ainda quando estavam na fase verde do plano de flexibilização do governo do Estado. Entretanto, com a regressão das cidades para a fase amarela, a medida foi intensificada. Como justificativa, a prefeitura de Guarujá, por exemplo, disse que o decreto foi tomado para "evitar aglomerações, uma vez que a população flutuante do município chega a quase dois milhões de pessoas na virada do ano”.

Ilhabela, também no litoral paulista, anunciou, no último dia 4, que além da suspensão da queima de fogos, shows e eventos que reúnam grande número de pessoas em espaços públicos também estão proibidos.

No sul do Brasil, a prefeitura de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, anunciou em novembro que o evento não ocorreria. O motivo, segundo o prefeito Fabrício Oliveira, seria o aumento no número de casos pela doença. Além disso, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) havia enviado ao município uma recomendação para suspender o evento por conta das aglomerações.

No entanto, no estado, não apenas Balneário proibiu a festa. Outras cidades como Florianópolis - a capital de SC - Blumenau, Laguna e Itajaí seguiram o mesmo caminho.
 
Já na região nordeste do país, Salvador cancelou, no dia 7 de dezembro, o show que faria com os cantores Gusttavo Lima e Ivete Sangalo. A apresentação, que estava marcada para acontecer no dia da virada, no Forte de São Marcelo, não contaria com a presença público e teria transmissão ao vivo no canal regional da Rede Globo de Televisão. Em anúncio oficial, o prefeito da cidade, ACM Neto, informou “Queríamos fazer uma virada de ano segura. Estamos totalmente convencidos de que o evento, no caso, a live, é segura. Contudo, nós queremos mandar um recado para a população. Nos últimos 15 dias lancei a virada, e de lá para cá, as coisas pioraram muito”.

Até o último dia 5, a realização do evento no litoral do Rio Grande do Norte era incerto. Cidades como Pipa e São Miguel do Gostoso, conhecidas pelas festas de Ano Novo, ainda não decidiram pelo cancelamento, apesar do aumento de casos, e continuam a vender ingressos para as festas. A capital do estado, Natal, abdicou da celebração do dia 25 de dezembro, mas ainda não decretou oficialmente o cancelamento da comemoração do dia 31. 

Máceio também cancelou o show pirotécnico, seguindo decreto do governo estadual e recomendação do Ministério Público Estadual. A decisão foi decretada no último dia 2 de dezembro. O secretário de Turismo, Esporte e Lazer da cidade alagoana, Jair Galvão, explicou a decisão "Após a discussão sobre a viabilidade do tradicional show pirotécnico na orla de Maceió, o Ministério Público entendeu que não há requisitos legais possíveis para a realização da queima de fogos, porque o decreto estadual que estabelece a Fase Azul na atual situação de pandemia proíbe a realização de eventos com público acima de 300 pessoas".

O prefeito, Rui Palmeira, também admitiu em entrevista ser impossível realizar uma festa de ano novo sem causar concentração de pessoas e reforçou o pedido para a população para que continuem tomando cuidados de higiene e evitando aglomerações. "É importante que cada um cumpra o seu papel, mantenha higienização, uso da máscara e distanciamento social para evitar mais casos e mais sofrimento".

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