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22/05/2021 às 13h39min - Atualizada em 22/05/2021 às 13h34min

“Tudo é da Natureza no Mundo” abre temporada de exposições no MASP

Mostra artística traz 136 obras de Conceição dos Bugres

Amanda Canton - editado por Larissa Nunes
Crédito: MASP/ divulgação

A Exposição de esculturas "Tudo é da Natureza do Mundo" abre a nova temporada de mostras artísticas do MASP, o biênio de abertura terá como tema central as peças feitas por Conceição dos Bugres. As artes ficaram disponíveis até dia 30 de janeiro, sempre acontecendo de terça, sábado e domingo, das 10h às 18h e quartas, quintas e sextas, das 13h às 19h. Os preços devem ser consultados no Site

A exposição reúne cerca de 136 peças feitas pela artista e faz parte do movimento que o MASP vem fazendo desde 2016, que busca apresentar obras de artistas que ficaram fora das histórias oficiais da arte com o objetivo de dar visibilidade. 
 

Conceição dos Bugres

           Duas esculturas, circa 1970 (Foto: acervo MASP, doação Edmar Pinto Costa, 2021)

 

“Tudo é do mato [...] A cera é a abelha que faz, a madeira é do mato... Tudo é da natureza do mundo.” — Conceição dos Bugres, 1979

Conceição Freitas da Silva, mais conhecida como Conceição dos Bugres (1914-1984) foi uma artista autodidata, de origem indígena que trabalhava com esculturas de madeiras cobertas por cera e tinta chamada “bugres”. 

À primeira vista seus bugres podem ser muitos parecidos, mas cada arte tem elementos singulares que as diferenciam uma da outra, como altura, sulcos na madeira, detalhes como olhos, boca entre outros. 

Conceição assim como muitos outros no Brasil não tiveram muito reconhecimento em vida, mas hoje se tornou um grande tesouro no Mato Grosso do Sul. Seu trabalho continua sendo realizado atualmente por seus netos. 

“Neste momento em que o trabalho de artistas indígenas vem ganhando o devido reconhecimento, a posição de Conceição dos Bugres na história da arte no Brasil ainda precisa ser afirmada — é também uma das razões para esta mostra e o catálogo que a acompanha. Sua obra é um extraordinário ponto fora da curva na escultura brasileira. Conceição, assim como muitos artistas vem trabalhando com a abstração geométrica, precisava de poucos cortes e linhas para definir a forma de suas esculturas. As incisões, no entanto, no lugar de abstrair e geometrizar as formas tridimensionais, as humanizam. Nas palavras da artista sobre seus “bugres”: “Faço para ter a companhia deles”. Curadoria do Masp. Amanda Carneiro, curadora assistente e  Fernando Oliva, curador. 

Para mais informações acesse o site oficial do Masp.


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