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20/04/2021 às 01h45min - Atualizada em 24/05/2021 às 11h41min

Morre Wilma Henriques, a dama do cinema mineiro

Nadiane Santos - revisado por Jonathan Rosa
Atriz Wilma Henriques. (Foto: Reprodução/G1)

Enquanto viveu o teatro mineiro e lutou pelos direitos da classe artística, Wilma Henriques sempre dizia “minha careira foi abençoada”. Sua morte foi, assim, o capítulo final de uma brilhante história. 

Wilma Henriques nasceu em 15 de abril de 1931 em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, e morreu no último dia 18 de abril, aos 90 anos por causas naturais. Iniciou sua carreira em 1959 com o programa feminino “Espelho”, na extinta TV Itacolomi, a escolha profissional tinha por objetivo permitir que ela ficasse próxima a mãe e a cidade natal.

No teatro, por sua vez, estreou com a peça “O Macaco da Vizinha” em 1966, a encenação é baseada no livro homônimo escrito por Joaquim Manuel de Macedo, escritor de “A moreninha. A sua grande peça foi a “Prostituta Respeitosa, uma adaptação do original de Paul Sartre. A partir dessa data, foram ao todo mais de 60 anos de dedicação a atuação.

Além do teatro, Henriques também se dedicou ao cinema, projetos de a apoio e apresentação de programas mineiros. Dentre os filmes de destaque estão “O Menino e Vento”, dirigido por Carlos Hugo Christensen e lançado em 1967 e “O Aleijadinho: Paixão, Glória e Suplício” de 2003.

Quanto o seu apoio a arte, participou da 37ª Campanha de Popularização Teatro e Dança, do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais em 2011, e dirigiu grupos de teatro como o Sesi de Minas. Como reconhecimento do seu trabalho, recebeu a medalha Dumont e uma sala de cinema em sua homenagem, denominada Teatro de bolso Wilma Henrques e localizada em Confins, Minas Gerais.

Em 2015 após sofrer uma fratura no fêmur, ela mudou-se para a casa de repouso Lar Viver Melhor. A artista encarava o lugar como uma oportunidade de viver novas experiências e levar alegria para mais pessoas. Lá comemorou seus noventa anos com uma festa online e depois faleceu no mês de abril. A dama do cinema mineiro, como ficou conhecida por priorizar fazer trabalhos no estado, despediu-se do teatro e deixou para trás um enorme legado de seis décadas de carreira. 


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