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06/06/2019 às 10h48min - Atualizada em 06/06/2019 às 10h48min

Prefeitura de Goiânia irá restaurar Coreto da Praça Cívica e relógio da Avenida Goiás

As obras visam recuperar o acervo Art Déco da capital goiana, o segundo maior do mundo

Luiz Eduardo
Foto (Reprodução/Portal Mais Goiás)











Depois de recuperar a estação ferroviária, entregue no dia 10 de maio, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, concedeu autorização ao instituto do patrimônio histórico e artístico nacional (Iphan)  para iniciar as obras de restauração do Coreto da Praça Cívica e da torre do relógio da Avenida Goiás.


Situado na Praça Cívica, o Coreto faz parte da história da construção da capital de Goiás, servindo de palco para diversas manifestações artísticas, culturais e políticas. Foi inaugurado, oficialmente, por ocasião do batismo cultural da cidade em 5 de julho de 1942. Com o passar dos anos, o Coreto passou por modificações que acabaram por destruir o projeto original, chegando a se transformar em um ponto de informações turísticas. Em 1978, na administração de Hélio Mauro Humbelino Lobo, a edificação voltou ao modelo arquitetônico originário, sendo necessária a participação de um pedreiro que fez parte da primeira construção.


O relógio da Avenida Goiás também foi inaugurado em 1942, durante o batismo cultural de Goiânia. Projetado por Américo Vespúcio Pontes, o monumento retrata uma época marcada pela modernidade e o progresso está localizado no início do canteiro central da avenida, partindo da Praça Cívica. No alto dele há desenhos geométricos, diagonais, verticais e horizontais e sobre o mostrador, um elemento vazado com curvas sinuosas.


O relógio é um dos mais antigos pontos de referência da metrópole goiana e um símbolo importante da influência Art Déco na cidade. Funcionando durante muitos anos de forma precária, foi consertado pela primeira vez em 1984 e hoje funciona perfeitamente. A obra é tombada pelo patrimônio histórico do estado como acervo arquitetônico e urbanístico em Art Déco de Goiânia e faz parte do conjunto tombado nacionalmente.


Na reunião também ficou acertado que o projeto concluído para recuperação do Palace hotel, no setor Campinas, também será encaminhado ao ministério da cidadania, e além disso, o prefeito também demonstrou interesse em recuperar outro importante local histórico do município: o Grande hotel do centro, uma das mais importantes construções dos anos 30.


A superintendente do Iphan em Goiás, Salma Saddi, se reuniu com o prefeito que assinou os termos de concessão para reformar os monumentos. Goiânia possui um dos maiores acervos do estilo no Brasil e o único conjunto tombado pelo Iphan. O orçamento será de R$ 400 mil e as obras serão iniciadas a partir do segundo semestre de 2019.



Editado por Bruna Santos 

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