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06/07/2021 às 00h29min - Atualizada em 05/07/2021 às 12h36min

Atypical: temporada final chega na Netflix ainda esta semana

A série tem quatro temporadas e o desfecho da história de Sam Gardner estará disponível no dia nove de julho

Bianca Mingote - revisado por Jonathan Rosa
A série trata de assuntos como relacionamentos familiares e mudanças de perspectivas. (Foto: Reprodução/ Netflix)

A temporada final da série Atypical chega à plataforma da Netflix nesta sexta-feira (9). Criada por Robia Rashid, a trama acompanha Sam Gardner (Keir Gilchrist), um adolescente com transtorno do espectro autista (TEA) que ama pinguins e qualquer coisa relacionada à Antártica. 

 

Com o primeiro episódio lançado em 2017, agora a série chega ao seu último ano com o total de quatro temporadas. A renovação foi divulgada em fevereiro de 2020 junto com o anúncio do fim da obra. Dessa forma, é possível que o enredo tenha um desfecho merecido para os personagens.

Em Atypical, Sam Gardner mora com seus pais, Elsa e Doug, e sua irmã, Casey, de 16 anos. O adolescente com é protegido pela mãe, que desde o diagnóstico do filho dedicou sua vida aos cuidados dele, o que fez com que Casey crescesse sem muita atenção por parte de Elsa, mas apesar disso a garota é muito amiga de Sam e não o culpa por nada. 
 

Anúncio da quarta e última temporada de Atypical feito pela plataforma de streaming (Reprodução: Netflix Brasil)


Logo na primeira temporada, Sam demonstra que quer ser independente, apostar em mudanças e começar a viver coisas novas, como ter uma namorada, mas Elsa tem medo da ideia, pois teme que o filho se arrisque demais e se magoe. Porém no final da terceira temporada, Sam investe na ideia de morar com Zahid, seu melhor amigo, mas será que essa ideia vai dar certo? Vamos ter que esperar para saber.

 

Segundo o site TuaSaude, o autismo é geralmente caracterizado por problemas na comunicação, socialização e no comportamento. Na trama, Elsa percebeu estes sintomas em Sam quando ele ainda era criança. Após passar por diversas situações públicas de crises com o garoto, os pais o levaram a um médico que deu o diagnóstico de TEA. Desde o início, Elsa procurou tratamentos e informações, mas Doug não aceitou muito bem.

 

A primeira temporada tem oito episódios com acontecimentos rápidos, mas no segundo e terceiro ano as tramas dos personagens são desenvolvidas de forma mais lenta.  Isso deixa mais claro as diferentes formas de lidar com as adversidades de cada um. Agora a narrativa caminha para mostrar que mudanças assustam, mas é importante tentar e se permitir ser corajoso. 

 

A construção do personagem principal  trabalhada ao longo dos os episódios, vêm mostrando a notável evolução do Sam. Demonstrando a capacidade do  garoto de enfrentar novos desafios e tentar alçar voos maiores em sua vida, coisas que antes eram impensáveis para alguém que ama rotina. – jovens do espectro precisam ter rotina e tem dificuldade de quebrá-las – até a escova de dentes de Sam tem um local correto, se não estiver, ele fica estressado.

A paixão de Sam por pinguins é ressaltada no uso de metáforas relacionadas aos fatos da sua vida. Ele possui senso de humor irônico e inteligente e também gosta muito de desenhar. Os desenhos atribuídos a ele na série são feitos pelo artista Michael Richey White de Los Angeles, que, assim como Sam, está no espectro. Vale ressaltar que o ator Robia Rashid é “neurotipico”, mas seu persoagem tem boa aceitação na comunidade TEA.

 

A série traz diversas questões, além da representatividade de pessoas com TEA – grupos de apoio com autistas de diferentes diagnósticos são representados – o enredo também perpassa por conflitos familiares, traição, bullying, inclusão social, quebra de expectativas, mudanças de estilo de vida e relacionamentos.

Sam tem Zahid como mentor – principalmente relacionado às mulheres. A relação deles vai sendo realçada ao longo da série. Zahid trata Sam como qualquer outra pessoa, para ele, não importa o Sam ser autista – ele sabe lidar com Sam, entende sua personalidade e quando não entende, busca aprender. São verdadeiros "Amigões" (*referência à terceira temporada).

 

Além de tratar de vários assuntos com bom humor e transmitir reflexões acerca de vários aspectos cotidianos, a série traz ensinamentos de como agir em determinadas situações com pessoas com TEA. Em nenhum momento mostra-as incapazes de fazer algo e sim ressaltam habilidades e aspectos que as tornam diferentes e especiais. 

 

O Sam é tido como um exemplo de esperança para outras mães de autistas, dentro e fora do seriado, mostrando que é possível ir além. Muitas vezes o adolescente não acredita em si mesmo e não abre mão da rotina, mas ele se permite tentar e acreditar na sua essência.

 

A essência de qualquer coisa é aquilo que permanece verdadeiro nela em qualquer situação.

* O trecho acima é uma transcrição da dublagem brasileira.

Confira o trailer da quarta temporada de Atypical: 


Trailer da quarta temporada de "Atypical". (Reprodução: Netflix Brasil -YouTube)



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