Capa do documentário "AmarElo - É Tudo pra ontem". (Foto: Netflix/Reprodução)
Impossível não se emocionar ao assistir o documentário do rapper Emicida, AmarElo – É tudo pra ontem, com direção de Fred Ouro Preto, na qual, relata a história de luta e superação do movimento negro no Brasil.
Com duração de uma e vinte e nove minutos o longa é dividido em três partes Plantar, Regar e Colher e mostra os bastidores da apresentação que o rapper fez em 2019, no Theatro Municipal de São Paulo, com o lançamento do álbum AmarElo. Emicida de forma lúdica conseguiu criar um elo desde a criação do seu álbum com a importância da participação da cultura negra no Brasil nos últimos 100 anos com destaque para o samba e o hip-hop.
Chama atenção a sensibilidade como a história é contada entre idas e vindas no tempo e sempre com o olhar atento para o futuro, com imagens dos acontecimentos históricos, depoimentos, imagens ilustrativas, bastidores da gravação do álbum em estúdio, trechos da sua apresentação no Theatro Municipal de São Paulo e com narrativa do rapper que consegue em perfeita sincronia intercalar suas canções com as acontecimentos da história negra no Brasil desde a época da escravidão, passando pela Semana de Arte Moderna até a era digital.
Trailer de "AmarElo". (Reprodução: Netflix Brasil - Youtube Br).
Grandes nomes são citados como Fernanda Montenegro, Pabllo Vittar e Zeca Pagodinho, mas o destaque fica por conta de personalidades negras como Ruth de Souza, primeira atriz negra brasileira a ser indicada ao prêmio internacional: o Leão de Ouro, no festival de Veneza de 1954, Abdias do Nascimento e seu amigo, o baterista Wilson das Neves.
Leve e emocionante, o longa é uma verdadeira aula de história e cultura que nos permite refletir sobre passado, presente e futuro e que deveria ser exibido nas escolas e ao alcance de toda população para formar opiniões e inspirar os nossos jovens.
Capa do documentário "AmarElo - É Tudo pra ontem". (Foto: Netflix/Reprodução)
