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14/06/2022 às 21h23min - Atualizada em 14/06/2022 às 21h06min

Falta de educação política básica afeta as eleições

Em ano de eleições presidenciais, a falta de conhecimento sobre as instituições políticas preocupa especialistas

Isadora Gonçalves - editado por: Annally Lima
Adriana Ribeiro
Educa+ Brasil

As eleições presidenciais que acontecem em outubro se consolidam como um dos eventos mais marcantes do ano de 2022, sendo palco de uma disputa acirrada entre os candidatos mais populares à presidência do Brasil: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro, atual chefe do executivo.

 

A partir da pesquisa realizada pelo BTG Pactual/FSB Pesquisa, indica haver um maior interesse por parte da população eleitora a respeito das eleições. Cerca de 69% dos entrevistados declararam que se consideram interessados ou muito interessados, 3% a mais que o levantamento anterior. Enquanto o índice de eleitores que se declararam pouco ou nada interessados diminuiu 6%, reduzindo a taxa de 23% para 17%, em um intervalo de 3 meses. Cerca de 200 pessoas foram ouvidas para essa pequisa.

 

No entanto, o contexto brasileiro possui atrelado em suas estruturas o estigma do déficit educacional, que engloba divergentes áreas, incluindo a compreensão sobre o conhecimento político em níveis básicos. A deficiência na educação política é um problema que produz efeitos diretos no resultado das urnas, visto que não compreendendo efetivamente as instituições que compõem os sistemas governamentais, o cidadão pode realizar escolhas de maneira equivocada.

 

Um dos exemplos mais comuns dessa atitude é quando candidatos a vereador utilizam de sua influência pessoal para conquistar a confiança dos eleitores, oferecendo benefícios individuais para a população, a chamada compra de votos.

 

Para evitar este tipo de atitude é que existem projetos como o de formação política administrado pelo Politize, uma organização da sociedade civil (OSC), que vem adquirindo espaço em variados estados, reunindo multiplicadores e embaixadores do projeto.


 

Nossos valores se baseiam na disseminação do conhecimento como chave para o acesso ao poder político. A pluralidade como base que nos permite criar um todo (sociedade), a empatia que nos permite considerar o outro e suas necessidades e a humanização da política e o protagonismo que faz valer o conhecimento permitindo fazer parte ativa das transformações que queremos em nossas comunidades locais, cidades e país”, explica Adriana Ribeiro, da Embaixada do Politize de Juiz de Fora/MG.

 

Campanhas realizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estimulando a retirada do título durante a chamada “Semana do Eleitor” e o auxílio de figuras públicas, como, Anitta, Julliete, Luisa Sonza, entre outros famosos, fez com que houvesse um aumento de 42,7% de eleitores facultativos, reafirmando a importância das plataformas digitais para fortificação da cidadania.

 

Com o aumento dos jovens interessados, discussões a respeito da garantia de uma educação política presente na grade curricular das escolas foram intensificadas, trazendo opiniões divergentes a respeito dessa iniciativa.

 

Mas, “é importante entender que, de acordo com a Constituição de 1988, é direito do cidadão a educação para o pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania, assim também essa predisposição dialoga diretamente com as diversas competências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) que possibilita a inclusão das temáticas sobre a cidadania."

 

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