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11/10/2022 às 16h53min - Atualizada em 11/10/2022 às 16h17min

Dahmer - Um Canibal Americano: Conheça o caso que inspirou a série

Saiba a verdadeira história e as polêmicas que envolvem o lançamento da Netflix

Moeisha Bastos - Revisado por Flavia Sousa
Imagem promocional da série 'Dahmer; Um Canibal Americano'. (Foto: Reprodução/ Netflix Divulgação)
Desde seu lançamento a série "Dahmer: Um Canibal Americano" tem dado o que falar. A produção original Netflix foi inspirada em um caso real envolvendo o Serial Killer, Jeffrey Dahmer. A minissérie protagonizada pelo ator Evan Peters, se tornou um dos maiores sucessos de audiência da Netflix. A produção já atingiu a marca de 196.2 milhões de horas assistidas, sendo comparada com o lançamento da quarta temporada de "Stranger Things". Desde então a série tem despertado curiosidades sobre o assassino Jeffrey Dahmer, a inspiração para a trama, e sobre a brutalidade dos assassinatos e casos de canibalismo, que tem chocado o público.

Confira o trailer:
Trailer oficial de 'Dahmer: Um Canibal Americano'. (Reprodução: Netflix Brasil - Youtube)

A produção de Ryan Murphy mistura ficção com realidade para contar a história do assassino. O Roteiro foi criado a partir das reportagens de Milwaukee Journal e Milwaukee Sentinel e do livro da repórter Anne E. Schwartz sobre o assunto o "Monster: The Truth Story of the Jeffrey Dahmer Murders".
 

LEIA MAIS: True Crime: o gênero que desperta cada vez mais o interesse do público.
 

Com o sucesso que a minissérie tem feito, várias polêmicas envolvendo a trama tem surgido. Uma delas, que tem tido bastante repercussão, é a revolta da família de uma das vítimas do criminoso. O primo da vítima fez duras críticas ao jeito em que a produção abordou os acontecimentos da época. Em seu twitter ele comentou:

“Não estou dizendo a ninguém o que assistir. Sei que as produções true crime fazem muito sucesso atualmente. Mas se vocês estão realmente curiosos sobre as vítimas, minha família (a Isbell) está revoltada com essa série”.

A cena em questão que irritou os envolvidos foi a recriação do discurso de sua prima, no momento em que a mulher teve uma crise emocional severa ao ficar em frente ao assassino de seu irmão. Como os crimes cometidos por Jeffrey estão em domínio público, os responsáveis pela atração não precisaram entrar em contato com os familiares das vítimas, antes da aprovação do projeto.

Outra polêmica que tem causado várias críticas foi o fato da plataforma de streaming ter catalogado a produção como conteúdo LGBTQ. No Twitter um telespectador comentou:

“Ei, Netflix, eu imploro que você reconsidere ter Dahmer com a tag LGBTQ, especialmente como uma de suas tags logo que você abre o aplicativo”.

Após as várias reclamações, a plataforma retirou a TAG da série, e agora ela aparece como "séries dramáticas sobre questões sócias".
 
Conheça o caso que inspirou a série.

Jeffrey Dahmer cometeu diversos crimes entre os anos de 1978 e 1971. Seus crimes envolviam casos de estrupo, necrofilia e canibalismo. Dahmer foi responsável pela morte de 17 homens e adolescentes. Todas as vítimas apresentavam características semelhantes. A grande maioria representa a comunidade LGBTQIA+, eram indígenas, negros ou pessoas de baixa renda.
 
A maioria dos assassinatos de Dahmer foram calculados. Ele atacava as vítimas em locais públicos como shoppings, bares ou pontos de ônibus. Ele levava as vítimas para seu apartamento e as dopava.
 
Em julho de 1991, a última vítima do assassino conseguiu sair viva de seu apartamento. O que levou a polícia de Milwaukee a descobrir os outros crimes bárbaros cometidos por Dahmer.
 
Em 1992 Jeffrey se declarou culpado de todas as acusações. Sua defesa afirmava que ele sofria de doenças mentais e tinha impulsos que era incapaz de controlar. Para provar, a defesa contratou psiquiatras para o avaliar. Os médicos mostraram indícios que Dahmer sofria de transtorno de personalidade borderline, transtorno de personalidade esquizotípica, alcoolismo e psicose.


 
Seu julgamento durou duas semanas. No final, seu advogado de defesa, voltou a insistir na insanidade de seu cliente, afirmando que os crimes cometidos por Dahmer foram resultados de "uma doença que ele descobriu, não escolheu". Já o promotor do caso apontou que Jeffrey era um homem são, com total controle de suas ações, e que os assassinatos foram cometidos com hostilidade, raiva, frustração e ódio. Ele também falou que as quinze vítimas morreram apenas para proporcionar para Dahmer um prazer sexual momentâneo, e que o próprio se declarou culpado, afirmava todas as acusações, e que estava tentando escapar da responsabilidade por seus crimes.


 
No final do julgamento o assassino recebeu 16 condenações de prisão perpétua. Após sua sentença, Dahmer foi enviado para o instituto correcional de Columbia, uma penitenciária de segurança máxima em Wisconsin, nos Estados Unidos. Onde ele foi imediatamente colocado na solitária por quase um ano, devido às preocupações com a segurança dos outros presos. Em 1993 ele foi transferido para a ala menos segura da prisão, onde foi designado para uma turma de trabalho de duas horas por dia responsável por lavar banheiros. E permaneceu lá até sua morte.
 
Jeffrey Dahmer foi encontrado morto em novembro de 1994. O responsável por seu assassinato, foi seu colega de prisão, Christopher Scarver, que estava junto de Dahmer enquanto ele realizava suas tarefas designadas do dia. Scarver o espancou com uma barra de metal de 51cm, até a morte. Na época ele alegou que Dahmer contava piadas e fazia provocações com os outros presos, e que era possível ver nos olhos do serial Killer que ele não se arrependia dos crimes que cometeu.
 
Diagnóstico com esquizofrenia, o assassino de Jeffrey Dahmer foi condenado à prisão perpétua e foi enviado ao instituto correcional de Colúmbia, em Wisconsin. Para cumprir sua sentença pelos outros crimes que cometeu. Em 2003 ele foi transferido para uma instalação no Colorado com outros criminosos com doenças mentais. Hoje em dia Christopher ainda se encontra na prisão cumprindo sua pena.


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