Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
27/02/2023 às 14h03min - Atualizada em 25/02/2023 às 00h05min

Filmaê: Conheça o festival de produções cinematográficas feitas com o celular

Dispositivos móveis se tornam grandes aliados para os amantes do cinema

Ana Paula Alves Canuto - Revisado por Flavia Sousa
Anúncio do festival Filmaê. (Foto: Reprodução/Filmaê - Instagram)

Que todo mundo possui ou pelo menos tem acesso a um celular isso é fato, mas você sabia que além de usá-los para os afazeres pessoais, ele assim como outros dispositivos móveis, pode ser usado para produção de filmes? Isso mesmo, obras dignas de premiações.

Estou  falando do Festival Filmaê, um evento que traz a todos os interessados em produção audiovisual, a chance de não só contar uma história, seja por meio da fotografia, documentário, videoclipe, entre outras modalidades, mas também ter sua arte divulgada e notada pelo primeiro evento nacional para filmes feitos por meio de aparelhos que você carrega aí mesmo na sua bolsa ou no seu bolso.



 

O evento que começou como um desafio para três amigos, hoje já vai para sua terceira edição, prevista para ocorrer entre os dias 25 e 28 de maio no Espaço Cultural Renato Russo em Brasília, com inscrições feitas de todas as regiões do planeta com mostras competitivas voltadas para filmes nacionais e não competitivas para as produções estrangeiras.

O coordenador do Festival e um dos idealizadores, o sociólogo pela Universidade de Brasília com especialização em documentarismo pela Escola Internacional de Cinema e Tv em Sto. Antônio de Los Banos, Cuba, Fernando Campos, enxerga o projeto como uma oportunidade para encorajar as pessoas quanto a produção de filmes e desmistificar que é preciso de muita tecnologia para se realizar um filme, pelo contrário, segundo ele, apesar de ser necessário aprender técnicas para melhor realização, com o aparelho em mãos e a vontade e curiosidade de fazer algo, já é um mérito para que ela consiga um bom resultado.


O cinema também desperta paixão em pessoas como a estudante Larissa Aldama que vê esse universo como um meio de gerar críticas, sentimentos e até mesmo a inserção em uma realidade na qual mesmo que você não viva, mas que ao assistir, lhe faça enxergar o ponto de vista de quem ou o que está sendo retratado em tal obra e ter uma parte voltada a produção dos filmes por meio de um celular, é sensacional, pois dá a qualquer pessoa a chance de mostrar sua história, complementa a jovem.

 

Diversas atividades

O festival patrocinado pelo Fundo de Apoio a Cultura do Distrito Federal, traz além das premiações em diversas categorias, palestras, oficinas, rodas de conversa e o diferencial deste ano que é o ambiente de mercado, trazendo a integração com a realidade do meio cinematográfico. Entre os dias de realização o visitante poderá de forma gratuita ter uma imersão ao mundo do cinema e principalmente o conhecimento e manuseio por meio do seu aparelho, e um destaque dessas atividades é a oficina voltada para pessoas com mais de sessenta anos, a ênfase à idade é dada pelo motivo de integração ao digital pelo fato de muitos nessa faixa etária ainda não possuir a facilidade ou conhecimento da evolução tecnológica.


Relato de um premiado

Um projeto de tamanha importância para o cenário cultural só é possível graças a inciativa como o de pessoas engajadas, interessadas e principalmente apaixonada pela arte e ainda mais aquela voltada ao cinema, quem é desse meio sabe, o trabalho que exige, mas sabe também da recompensa, é o que vive um dos premiados da segunda edição do projeto o ator, cineasta e produtor cultural, Erick Maximiano.

De Lajinha interior de Minas Gerais para o Brasil, ele que começou sua carreira como ator de teatro, carrega em sua bagagem diversos trabalhos, dentre eles, a participação no clássico do cinema brasileiro, Cidade de Deus, que foi um divisor de aguas em sua vida, já que após a experiencia se apaixonou pelas câmeras e por todo o processo de produção cinematográfica, após teve a oportunidade de dirigir seu primeiro filme curta - metragem realizado pelo grupo “Cidadão Silva”, com isso como ele mesmo complementou,  não parou mais de se aprofundar no universo da produção, tendo também um projeto social chamado “GMA Casa de Cinema Laranjinha”, um laboratório criativo em audiovisual, onde jovens aprendem a produzir filmes e vídeos.

Para o festival na edição em que participou em 2020, o artista apresentou o documentário “Antes de chegar na sua mesa passa pelas nossas mãos” todo filmado com o celular Moto G, que relata a transformação da colheita de café no interior de Minas Gerais como fonte de renda para uma grande parte da população local. O documentário lhe rendeu o “Oscar” de melhor documentário.  

Segundo ele, ter participado do Filmaê deu a oportunidade de mostrar ao alunos do seu projeto a ideia de que é possível fazer cinema com pouco ou quase nada de recurso, e ainda assim garantir a qualidade.


Leia mais: Conheça O Anima Mundi
Festival estudantil de audiovisual incentiva estudantes na produção audiovisual
Comunicurtas e os festivais audiovisuais do interior nordestino
 

Assista abaixo o filme " Antes de Chegar Na Sua Mesa":

Filme Oficial de 'Antes de chegar na sua mesa'. (Reprodução: Youtube Brasil)


 


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »