Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
10/04/2023 às 17h47min - Atualizada em 10/04/2023 às 17h31min

O Pequeno Príncipe: como um livro pode ensinar crianças e adultos?

O clássico literário carrega ensinamentos para todas as idades

Gabriela Santos Souza - Revisado por Thainá Souza
Foto: Divulgação / Paris Filmes

Você conhece o livro d'O Pequeno Príncipe?

 

É um clássico literário e é amado por muitos leitores. A obra é o terceiro livro mais traduzido do mundo e um dos mais vendido, escrito pelo francês Antoine de Saint-Exupéry e lançado em 1943, o Pequeno Príncipe é considerado um livro infantil mas é tão repleto de reflexões e significados que atravessam também para o mundo adulto.

 

O livro conta a história de um aviador que ao ter um problema no avião, cai no deserto do Saara e ao tentar consertar o seu avião, o piloto conhece o Pequeno Príncipe, um viajante do tempo. Narrado pelo aviador, a história vai se desenvolvendo através das conversas e interações entre ele o tal viajante.

 

A obra convida o leitor para, através da perspectiva de uma criança, (O Pequeno Príncipe) obter várias reflexões. Inicialmente, o aviador começa falando de como era sua visão na infância  e como passou a ser depois de adulto. Assim, ao ter o contato com o viajante, ele retoma essa perspectiva infantil do mundo e passa a mostrar a importância de ter esse olhar mais inocente.

 

Viagem pelos planetas

 

O Pequeno Príncipe é um viajante do tempo que está atrás da verdade, do que é essencial para a vida. 

 

O primeiro planeta era habitado por um rei muito autoritário, que gostava de mandar em tudo, mesmo que suas ordens fossem para coisas que acontecessem sem a necessidade de sua ordem. Por exemplo, ao chegar no planeta, o Pequeno Príncipe estava cansado e bocejou, então o Rei ordenou que ele parasse, mas por ser algo involuntário, ordenou que o príncipe bocejasse. Apesar disso, o rei ensina que “é preciso exigir de cada um o que cada um pode dar” e atribui o título de embaixador para o Pequeno Príncipe que decide ir embora por perceber que não gostaria de ficar no planeta.

 

O segundo planeta era habitado por um homem vaidoso. Ele morava sozinho no planeta, o que o fazia sentir-se o mais importante de todos, vivendo unicamente para si. Com a chegada do pequeno viajante, tudo continuou a ser para o homem vaidoso que só conseguia viver escutando elogios e aclamações dos outros para si, sem enxergar seu real valor sozinho, o Pequeno Príncipe, mais uma vez não enxergar sentindo algum em permanecer naquele lugar, partiu para outra viagem.

 

A terceira visita em outro planeta foi muito rápida,era habitado por um bêbado. Lá, o pequenino saiu mergulhado em uma tristeza por ver o homem bebendo para esquecer a vergonha de beber, mostrando sua ignorância e fuga da realidade. A cada lugar que parava, o Príncipe achava cada vez mais estranho o comportamento dos adultos e não entendia muito bem o porquê daquelas ações.

 

O empresário era habitante do quarto planeta a ser visitado pelo Pequeno Príncipe. O homem, trabalhava muito com objetivo de se enriquecer e possuir todas as estrelas, mal percebeu a presença do viajante e só vivia para o trabalho. O empresário representa muitos adultos, que só estão preocupados com o trabalho e esquecem de viver.

 

O quinto planeta era muito pequeno e era ocupado por um acendedor de lampião e um lampião. Por um momento, o pequenino pensou que a função do acendedor, comparado às outras pessoas dos outros planetas, tinha algum sentido, mas ao conversar percebeu que não fugia muito das outras realidade. O acendedor de lampião, vivia para seguir o regulamento, sem questionar as motivações, assim, precisava acender e apagar o lampião a cada minuto, sem descansar.

 

Diferente do outro planeta, o sexto era muito grande e habitado por um geógrafo. Assim que soube da profissão do homem, o Pequeno Príncipe teve grande interesse mas ao conversar com o geógrafo, mais uma vez perdeu a animação. O homem só ficava sentado, aguardando os exploradores chegarem, não conhecia seu próprio planeta e outros lugares.

 

Viajando mais uma vez, o Pequeno Príncipe encontrou o planeta Terra e logo foi atrás dos homens, para que pudessem ser amigos. Primeiramente, chegou nas terras desérticas e não encontrou ninguém, somente uma serpente muito misteriosa que falava por enigmas. Depois, ao andar mais, descobriu a existência de outras rosas, sem ser a sua no seu planeta o que o deixou triste e então conheceu a Raposa.

 

“Eu me julgava rico por ter uma flor única, e possuo uma rosa comum. Uma rosa e três vulcões que não passam do meu joelho, estando um, talvez, extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito poderoso…”

 

A raposa é um dos personagens mais adorados no livro, devido ao seu grande conhecimento e relação com o Pequeno Príncipe. Ela ensina um dos valores mais importantes :

 

“Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.

 

Assim, atravessando a perspectiva infantil, apresentando uma leitura filosófica e poética, o livro mostra ser para todas idades através de todos os ensinamentos presentes no enredo da história. Para uma criança, o livro ensina como permanecer na inocência do coração puro e como crescer sendo um bom adulto e para os adultos, o livro convida a voltar a enxergar o mundo com a inocência de uma criança.

 

O livro tem duas adaptações para o cinema, sendo a animação francesa dirigida por Mark Osborne, a mais conhecida atualmente. Lançada em 2015, a trama conta a história do Pequeno Príncipe em paralelo a vida de uma criança, que tem uma rotina muito rígida devido às cobranças da mãe. Em conjunto, o filme e o livro vão dando várias lições para o telespectador e o convida a várias reflexões. Confira o trailer abaixo:



Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »