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04/12/2020 às 13h33min - Atualizada em 04/12/2020 às 13h32min

“O pequeno príncipe”: um livro atemporal que carrega muitas lições de vida

A obra de Antoine de Saint-Exupéry possui mais de 70 anos e, ainda assim, encanta crianças e adultos até hoje

Andrieli Torres - Editado por Gustavo Henrique Araújo
Reprodução: capa do livro - edição Martin Claret
Como estaremos amanhã? essa é uma pergunta a qual ninguém conseguiria responder, pois sempre ouvimos que "o futuro a Deus pertence". Pensar em como será o dia seguinte, lembrar que não aproveitamos o bastante o que o mundo tem a oferecer, é uma ideia que assusta, mas que, ao mesmo tempo, nos faz repensar muitas possibilidades e para o que realmente devemos dar valor durante a nossa existência na Terra.

A vida é breve; o tempo passa tão rápido que quando nos damos conta do que realmente importa, como cultivar amizades e amores, não sermos gananciosos e não insistir em cometer erros repetitivos, a vida já passou; restará apenas o “se”: se tivesse feito diferente?

Esses são alguns dos questionamentos que podemos encontrar no livro “O pequeno príncipe”, publicado em 1943 pelo autor e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry. Curiosamente, assim como o piloto do livro, Saint-Exupéry desapareceu durante um voo complicado devido a um problema na aeronave dele.

Essa é a obra mais conhecida de Antonine e se tornou um dos livros mais traduzidos no mundo. Com mais de 70 anos de existência, “O pequeno príncipe” é atemporal e pode ser lido em qualquer idade; seja criança ou adulto, todos se encantam pela história, que é passivel de ser interpretada de diferentes formas.

O livro conta as experiências do Pequeno Príncipe, um menino que viaja pelo mundo em busca de novas descobertas e outros mundos para explorar. Em uma dessas viagens, ele acaba parando em um deserto africano, no planeta Terra, local onde conhece um piloto de avião perdido após um voo difícil. A partir desse encontro, eles criam um laço de amizade em que um aprende com o outro. O garoto tem um coração com uma pureza de se admirar e, dessa forma, encanta o piloto e o leitor, fazendo cada um questionar o que realmente é belo.

A obra carrega em suas páginas muitas lições de vida que, teoricamente, as pessoas deveriam seguir. Por exemplo: um adulto nunca deveria deixar morrer dentro dele a criança que um dia foi; bem como, deveria apreciar mais os momentos com as pessoas que ama e pensar menos em trabalho.

Priscilla Dantas, 23, lembra-se que conheceu o livro através de uma amiga que recitava trechos e sabia exatamente o que havia em cada página. Então, 
por influência, leu pela primeira vez aos 13 anos. Ela conta que uma das lições que leva do livro é "apreciar mais a vida, e não apenas olhar, mas prestar atenção nos pequenos detalhes". Cita qual é o seu personagem favorito: a Raposa, pois ela ensina que as pessoas têm que cuidar das amizades e zelar por elas. A frase que mais marcou Priscilla foi “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, já que faz questão de ser assim com os amigos. 

Para ela, "O pequeno príncipe" mostra que os adultos têm a mente muito fechada, um exemplo que Priscilla cita é o desenho de uma jiboia engolindo um elefante, o qual a maioria dos adultos dizem ser um chapéu, e acabam não enxergando além do que se vê. “Eu diria que o livro incentiva as pessoas a terem essa imaginação, a criatividade, e você está aberto a outras interpretações e a ter a inocência, saber ler e compreender”, disse.

O que essa obra quer deixar dentre muitas lições é que devemos apreciar os momentos entre os amigos, cativar e deixar-se ser cativado, manter aqueles que já temos em nossas vidas e, principalmente, entender que ser adulto não é necessariamente se entregar ao trabalho e aos problemas que nos cercam dia a dia, é também resgatar a criança que um dia habitou dentro de nós.

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