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17/05/2023 às 21h33min - Atualizada em 11/04/2023 às 21h56min

A cultura do bullying nos espaços de escolarização

Reflexões após o recente ataque em uma creche em Blumenau

Manuella Bahls - revisado por Anna Sá
Bullying deve ser combatido por alunos, pais e professores (Foto: Timsa/Getty Images)

O recente ataque em uma creche na cidade de Blumenau (SC), que resultou na morte de quatro crianças e lesões graves em outras alunos e profissionais da educação, levanta questões alarmantes sobre a cultura do bullying nos espaços de escolarização. O trágico incidente ocorrido em abril de 2023 chocou o país e trouxe à tona uma necessidade urgente: a de abordar e combater o bullying nas escolas de forma eficaz.

O bullying é um comportamento destrutivo que pode ocorrer de diferentes formas, como intimidação, agressão física, verbal ou psicológica, exclusão e exclusão. Ele pode ocorrer em qualquer nível educacional, inclusive em creches e escolas de ensino infantil, afetando crianças pequenas e suas relaxadas sociais. O recente ataque em Blumenau, apesar de ser um incidente extremo e raro, pode ser um exemplo do resultado trágico da cultura do bullying, que pode estar presente em muitos espaços de escolarização.




Uma cultura do bullying nas escolas é caracterizada pela tolerância, normalização ou mesmo incentivo a comportamentos agressivos e prejudiciais entre os estudantes. Isso pode incluir piadas ofensivas, apelidos humilhantes, características com base em características pessoais, exclusão de certos grupos sociais, entre outros comportamentos que criam um ambiente tóxico e hostil para os alunos. A cultura do bullying pode ser perpetuada pela falta de conscientização, falta de intervenção adequada e pela noção de que o bullying é uma parte inevitável ou aceitável da experiência escolar.

O recente ataque em Blumenau também destaca a importância de abordar o bullying de forma holística, ou seja, considerando todos os aspectos envolvidos. É importante não apenas tratar dos sintomas do bullying, como as agressões físicas ou verbais, mas também abordar as causas subjacentes e as dinâmicas de poder e herança que ocorreram para o problema. Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito, empatia, inclusão e valorização da diversidade nas escolas, onde todos os estudantes se sentem seguros e respeitados.

A prevenção do bullying é fundamental e deve ser integrada de forma abrangente, envolvendo a participação ativa de todos os membros da comunidade escolar, incluindo alunos, educadores, pais e funcionários. É importante promover a conscientização sobre o bullying, suas consequências e a importância de denunciar qualquer forma de agressão ou denúncia. Além disso, é necessário estabelecer políticas e procedimentos claros para a prevenção e resposta ao bullying, incluindo canais de denúncia seguros e confiáveis.

 


Lidar com a prática da intimidação, ou bullying, pode ser desafiador. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar:

1) Reconheça e nomeie o bullying: É importante identificar e reconhecer o comportamento de intimidação como tal. Nomeie-o como bullying e compreenda que não é aceitável. Isso pode ajudar a dar clareza e compreensão sobre a situação.

2) Busque apoio: É fundamental não enfrentar o bullying sozinho. Busque apoio de pessoas de confiança, como amigos, familiares, professores, conselheiros escolares ou outros profissionais. Compartilhe suas experiências e emoções com eles, e peça ajuda e orientação.

3) Mantenha a calma e evite revidar: É compreensível que as vítimas de bullying sintam-se zangadas, com medo ou frustradas. No entanto, é importante tentar manter a calma e evitar revidar com violência física ou verbal, o que pode piorar a situação. Responder de forma assertiva e confiante, sem se rebaixar ao nível do agressor, pode ser mais eficaz.

4) Documente o bullying: Faça anotações específicas sobre as ocorrências de bullying, incluindo datas, locais, nomes de envolvidos e vividos dos eventos. Isso pode ser útil como prova, caso seja necessário relatar o bullying a autoridades escolares ou outras instituições.

5) Utilize os recursos disponíveis: Verifique quais recursos estão disponíveis na sua escola, comunidade ou local de trabalho para lidar com o bullying. Isso pode incluir políticas escolares, programas de prevenção, canais de denúncia ou apoio psicológico. Informe-se e busque utilizar esses recursos.

6) Comunique-se: Se possível, tente comunicar-se diretamente com o agressor, estabelecendo limites e expressando de forma assertiva como você se sente em relação ao bullying. No entanto, não se sente protegido a fazer isso se não se sentir seguro ou confortável para tal.

7) Priorize sua segurança: Sua segurança é sempre a prioridade. Se você estiver em perigo físico ou emocional, procure ajuda imediatamente. Se necessário, envolva as autoridades escolares, os pais, a polícia ou outras instituições responsáveis ​​para garantir sua segurança e bem-estar.

8) Cuide de si mesmo: O bullying pode ser estressante e impactar a saúde mental e emocional. Cuide de si mesmo praticando autocuidado, buscando atividades que lhe dêem prazer, e procurando apoio emocional quando necessário.

Lembrando que lidar com o bullying pode ser um processo difícil, e é importante ressaltar que não é responsabilidade da vítima resolver o problema sozinha. É fundamental buscar apoio e envolver as pessoas adequadas para lidar com a situação de forma apropriada e eficaz.


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