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07/05/2023 às 17h48min - Atualizada em 07/05/2023 às 17h48min

Podcast ‘Para dar nome às coisas’: um espaço para reflexões pessoais

Um espaço acolhedor e reflexivo para falar sobre sentimentos e dificuldades emocionais.

Elen Konno - Revisado por Danielle Carvalho
Capa do podcast no Spotify. (Foto: Reprodução / Spotify)


O sucesso do "Para dar nome às coisas" pode ser medido não apenas pelo grande número de episódios lançados, mas também pela sua presença constante nas listas dos podcasts mais ouvidos, como no Top 10 do Spotify. Desde 2020, o programa tem figurado entre os mais populares da plataforma de streaming, o que evidencia a sua relevância para o público.
 

A ideia surgiu a partir de uma conversa entre a jornalista e escritora Natália Sousa e seu amigo Valter Souza, que atua como editor do programa. Valter percebeu o potencial de Natália para contar histórias de uma forma autêntica e vulnerável e sugeriu que ela criasse um podcast para compartilhar essas narrativas com um público mais amplo.
 



O podcast 

 

Cumprindo com o objetivo proposto de ser “uma mesa de bar na web”, um espaço onde é possível sentir-se à vontade para falar honestamente, sem máscaras ou lugar para palestras, hoje o podcast já se encontra em sua quinta temporada, com mais de 180 episódios, disponíveis semanalmente.

O primeiro episódio, "O medo do fracasso”, foi ao ar em agosto de 2019. Mesmo sem qualquer planejamento estratégico, a voz calma e doce da autora foi o suficiente para encantar e embalar os ouvintes em sua narrativa sobre um assunto íntimo e intrínseco a qualquer ser humano. 
 

Em todos os programas Natália inicia fazendo algum comentário que traz um pouco do processo de escolha do tema, desde um detalhe no desenvolvimento no roteiro ou uma lembrança pessoal, e faz um convite para reflexão. 
 

Visão humanizada 
 

O podcast se destaca por abordar de forma humana e autêntica temas sensíveis como luto, ansiedade e inseguranças. Essa abordagem mais pessoal tem sido bem recebida pelo público e tem gerado uma grande quantidade de mensagens de carinho, afeto e identificação com a autora. Isso se deve, em grande parte, à habilidade de Natália em criar um espaço acolhedor e reflexivo e que tem ajudado muitas pessoas a lidar com seus próprios processos. 

“Eu friso sempre que o Para Dar Nome às Coisas não é terapia, mas como compartilho meu processo, acho que a galera tem insights. Ainda assim, me sinto muito abençoada ao saber que, para algumas pessoas, causa esse efeito.” acrescentou Nathalia em uma entrevista concedida ao Estadão Expresso

A abordagem cuidadosa e respeitosa dos temas também é um fator importante para a boa recepção do podcast.
 

A importância da escrita
 

Natália Sousa, a jornalista negra que hoje apresenta o podcast "Para Dar Nome às Coisas", encontrou na escrita um espaço para se expressar e lidar com suas emoções. Ela conta que sempre teve prazer em escrever, mas também enfrentava inseguranças e medo de expor suas vulnerabilidades. Com a perda da mãe e do noivo, a escrita se tornou ainda mais importante para ela, como uma forma de colocar seus sentimentos para fora e dar sentido à vida.


 

Ela destaca a importância da escuta na sua jornada como jornalista e escritora, além de valorizar a sensibilidade para contar histórias, herdada do pai, e reconhecer que as questões de classe e raça não a impediram de ter uma infância feliz.
 
No podcast, Natália segue falando sobre temas emocionais e se mantém firme em seu propósito, mesmo quando recebe comentários surpresos de ouvintes ao descobrir que ela é negra. Ela vê esse espaço de escuta e reflexão como uma microrrevolução, onde é possível abordar as feridas que nos moldam e encontrar apoio emocional para lidar com elas.

 


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