Capa do álbum 'Escândalo íntimo'. Foto: Reprodução/ Olga Fedorova / Luísa Sonza Instagram
A cantora Luísa Sonza lançou, no dia 28 de agosto, seu terceiro álbum de estúdio, intitulado "Escândalo Íntimo". O projeto musical apresenta um total de 24 faixas, mas, por enquanto, apenas 18 foram disponibilizadas ao público, e as outras vão ser lançadas posteriormente ao longo da era. O sucessor de “Doce 22” explora temas psicológicos e emocionais relacionados a vida de Luísa e convida os ouvintes a embarcar em uma jornada através do subconsciente da artista. O projeto conta com uma série de participações especiais. Entre elas, estão Demi Lovato, Marina sena, Duda beat e Baco Exu do Blues. Além disso, a gravação musical combina elementos do Rock, Blues, Pop e MPB, oferecendo uma ampla variedade de sonoridades e estilos musicais, mostrando a versatilidade da cantora ao experimentar e fundir diferentes elementos da música.
Antes do lançamento oficial do álbum, Luísa Sonza lançou dois singles. O primeiro, "Campo de Morango", causou polêmica devido ao estilo provocante do clipe e à temática sexual da música, gerando duras críticas à loira. Logo após, ela lançou "Principalmente Me Sinto Arrastada", uma canção que explorou temas íntimos, retratando uma crise de ansiedade desencadeada pelas pressões da internet, além de medos e incertezas pessoais.
O álbum está estruturado em uma série de blocos, intercalados por interlúdios, que se unem para passar uma mensagem.
O primeiro bloco aborda as músicas que refletem os sentimentos de Luísa em relação à sua identidade como artista pop. Ela explora como tenta projetar uma imagem de força, para se firmar na mídia. No bloco seguinte, conhecido como Bloco B, a perspectiva das músicas se volta para um retrato mais romântico e apaixonado. Aqui, as canções expressam a efervescência da paixão, com faixas como "Romance em Cena", "Iguaria" e "Campo de Morango".
Por outro lado, o Bloco C representa a quebra dessa paixão e euforia. Ele explora os desafios que surgem quando a paixão e o amor acabam. Aqui, testemunhamos o declínio de um relacionamento e somos levados a uma profunda mistura de sentimentos como medo, tristeza e saudade, destacados pela faixa "Penhasco 2”. No Bloco D, é possível perceber uma visão mais esperançosa e de superação, mostrando que apesar da dor, deve-se seguir em frente, abraçar a liberdade e deixar os relacionamentos que não foram bem-sucedidos no passado. Nesse bloco destacam-se as faixas “Principalmente Me Sinto Arrasada", “Lança Menina” e “Ana Maria”.
Clipe de Penhasco 2. Reprodução: Luísa Sonza/ YouTube
Referências e Homenagens
Luísa Sonza traz grandes influências da música brasileira em seu álbum, como na faixa "Luiza Manequim". Nessa canção, há a incorporação de um sample da música de mesmo título, originalmente interpretada pelo cantor Abílio Manoel em 1972. Além disso, a artista presta uma marcante homenagem à cantora Rita Lee na faixa "Lança Menina", que inclui o refrão de sua canção "Lança Perfume". No final dessa faixa, é inserido um áudio icônico de Rita Lee, no qual ela comenta: "Aí ela é toda boazinha, ela é tão galera... chata pacas".
Adicionalmente, no terceiro interlúdio que inicia o penultimo segmento do álbum, podemos ouvir a canção "Não Me Deixei Só", da cantora Vanessa da Mata. Além disso, há referências sutis à Elis Regina na música "Carnificina", que menciona a frase "beba e equilibrista” fazendo alusão a uma conhecida canção de Elis.
Na música "Chico" que foi feita para o seu ex-namorado Chico Moedas, encontramos uma referência à canção "Folhetim”. Em um trecho da música, de 1978, que serviu de inspiração para Luisa, temos a frase: "se acaso me quiseres, sou dessas mulheres que só dizem sim". A canção em particular foi escrita por Chico Buarque e cantada por Gal Costa.
Na canção Surreal, que conta com a colaboração de Baco Exu do Blues, encontramos uma referência ao surrealismo em um trecho da letra que diz: "Destrinchou meu corpo, o tempo passa como os relógios de Dalí", uma alusão ao famoso quadro "A Persistência da Memória" de Salvador Dalí.
Álbum "Escândalo Íntimo" de Luísa Sonza. Reprodução: Spotify/Luísa Sonza.
Sucesso de reproduções
O álbum de Luísa Sonza fez um sucesso instantâneo, quebrando vários recordes, incluindo o de maior lançamento na história do Spotify Brasil, com impressionantes 17,1 milhões de reproduções. As faixas "Penhasco 2" e "Chico" alcançaram o primeiro lugar como as músicas mais ouvidas no Brasil pelo Spotify, e 17 faixas do álbum entraram no top 50 das principais plataformas de streaming, como Spotify, Deezer e Apple Music.
Esse projeto rendeu à artista conquistas significativas no cenário musical brasileiro, com a maioria das canções dominando as paradas em todo o país. O álbum acumulou mais de 8,5 milhões de streams em menos de 24 horas e a faixa "Penhasco 2" registra atualmente mais de 21 milhões de reproduções no Spotify, e esses números continuam a crescer.
Com o lançamento do álbum, Luísa Sonza demonstrou sua sólida veia artística, oferecendo conceito e versatilidade musical. Mesmo com todo o falatório negativo no começo, o sucesso do disco é inegável, refletindo-se tanto em números extraordinários quanto na recepção positiva por parte do público.