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07/03/2024 às 15h50min - Atualizada em 07/03/2024 às 15h40min

Crítica : Duna Parte II

José Castro - Editado por Marcela Câmara
Em 2021 foi lançado a nova versão de Duna, inspirado na série de livros de Frank Herbert. Dirigida por Dennis Villeneuve, o longa foi premiado com seis estatuetas do Oscar de 2022. E a sua sequência chegou dia 29 de fevereiro nas salas de cinema de todo Brasil. 
 
Voltamos para o universo galático, dessa vez com muito mais anunciais  e  elementos. Se o primeiro filme deixou boa parte do público com a sensação que era mais uma ponte para sequências futuras, esse também tem um gostinho de estar construído algo para filmes futuros. Mas sem dúvidas a história é muito mais desenvolvida que o anterior.

O estudo de personagem fica claro logo nos primeiros minutos de filme, com o protagonista Paul Atreides (Timothée Chalamet) assumindo seu papel de predestinado e líder de uma grande guerra. Sua mãe Jéssica (Rebecca Ferguson) esta novamente muito bem em seu papel, mas dessa vez mais contida e se tornando realmente uma personagem coadjuvante. Quem ganha mais tempo de tela, é Chani (Zendaya), e também ganha mais espaço na narrativa e  conhecemos sua importância na história. Somos apresentados ao vilão Feyd-Rautha (Austin Butler), que estar muito bem caracterizado e nós dar um grande atuação. E também temos a personagem da Irulan (Florece Pugh), que é princesa e filha mais velha do Imperador Padishah Shaddam.
 
O ritmo do  filme é muito melhor que o anterior,  é mais ágil e a narrativa é muito bem conduzida. Desde o primeiro momento, a abordagem parte de um olhar intimista para a mudança de Paul Atreides para assumir seu papel como líder.

As dunas de Arrakis parecem vivas, assim como toda a ambientação que estar maravilhosa. E é lá no deserto que toda a ação do filme se passa. Os planos aéreos tornam os exercícios como parte da mesma massa, e a ação abraça o gigantismo sem pressa de concluir a vingança de Paul Atreides contra os Harkonnen. 
 
Além do som, que é impactante e realça o trabalho feito por Hans Zimmer, também conta com suas vinhetas que já são tradicionais, e que coloca dramaticidade nos triunfos da batalha e da sobrevivência.
 
É claro que ação e as batalhas em si, não são os únicos temas do filme. Além de todo o universo criado por Herbert, temos também a parte religiosa que envolve esse mundo. Um religião própria que se baseia na espinha dorsal das maiores religiões atuais do mundo, como ter um salvador que estar predestinado a liderar um povo, que aqui no caso é Atreides. E todo o lado político que é estabelecido, e nesse segundo filme se desenvolve ainda mais. 
 
Além dos cenários, não tem como não falar dos figurinos. Que além de dar mais ambientação pra história, estão irretocáveis, absolutamente todos os personagens principais e coadjuvantes estão de acordo com que é estabelecido na questão de vestimenta no filme. 
 
No quesito adaptação, os elementos do livro estão todos ali. Mas como leitor da saga, da pra perceber que Villeneuve teve que não pesar muita a mão nas partes mais teóricas da historia, e trouxe mais humor e leveza, colocando assim a sequencia com mais cara de blockbuster. Mas nada que descaracterize o universo. Como vemos em outros universos por exemplo.
 
É sem dúvidas é uma obra para ser apreciada no cinema, toda imersão que você terá na tela grande só deixa mais bonito o longa.
 
Não é obrigatório ler os livros para entender o filme, mas é preciso ter assistido no mínimo o primeiro. Já que se trata de uma continuação, e uma olhadinha na Internet caso esqueça o nome de alguma raça, é completamente válido.
 
 
REFERÊNCIAS

GARÓFALO Nico , “Saiba quem é quem em Duna Parte II” . OMELETE.COM . Disponível em: https://www.google.com/amp/s/www.omelete.com.br/amp/duna/duna-lista-quem-e-quem

REIS Rafael , “Duna : O Messianismo Político”  . Não Internacionalista. Disponível  em: https://www.onao.com.br/post/duna-o-messianismo-pol%C3%ADtico
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