08/08/2020 às 14h37min - Atualizada em 08/08/2020 às 14h38min
Influenciador de moda não fala só sobre consumo e aparência, mas também de pessoas, diz Ingrid Pgon
Em entrevista, a influenciadora fala sobre a moda ter ganhado espaço nas redes sociais
Larissa Varjão - Editado por Larissa Barros
Reprodução/ Instagram A moda vem ganhando espaço nas redes sociais e permitindo que muitas pessoas possam falar sobre diversos assuntos. Alem de dicas de estilo, alguns influenciadores digitais usam esse espaço para falar sobre tendências, discutir decisões de grandes marcas e polêmicas dessa indústria.
Para a influencer digital Ingrid Pereira Gonçalves, 23 anos, conhecida por Ingrid pgon, apesar de sempre ter gostado de moda quando criou um perfil no Instagram não fez nada planejado para se tornar uma influenciadora que fala sobre moda.
“Sempre gostei de tirar fotos, desde pequena! E por sempre ter postado, muitas pessoas começaram a me seguir e assim foi indo... depois de um tempo percebi que todo mundo queria saber dos meus looks, de onde era, etc e aí vi uma possível profissão e comecei a focar meu conteúdo em moda por aqui! E e gratificante ver as mensagens das pessoas falando o quanto eu as ajudei nesse quesito, afinal, apesar de parecer algo superficial, isso também mexe muito com a nossa auto-estima”, explica.
Ingrid acredita que a moda não está diretamente ligada ao consumismo. No entanto, revela que as influenciadoras de fato incentivam e influenciam os seguidores a consumirem algo.
“Acredito que a moda não está diretamente ligada ao consumismo. Até porque muitos perfis ensinam como ter um armário compacto, por exemplo! Tendo as peças certas, conseguindo estar na moda, usando looks atemporais... e o slow fashion ta aí pra mostrar isso pra gente”, afirmou,
De acordo com Ingrid pgon, trabalhar como influenciador de moda não fala somente sobre aparência, mas também de sentimentos e sobre as próprias pessoas. “Muito mais do que ensinar a montar look e mostrar as tendências, é fazer alguém se sentir bem com o que está vestindo, sair da zona de conforto, buscar novas possibilidades”.
Em conversa com a nossa reportagem, a criadora do portal Das Modas, a baiana Lelê Santhana, 19 anos, afirma que ao comunicar algo ela tem que passar verdade e, nesta verdade tem haver paixão.
“Eu comecei a comunicar por uma necessidade, eu sentia vontade de querer falar sobre aquilo que eu acreditava, sobre aquilo que eu gostava. Eu sempre consumi muito conteúdo de moda gringa e sentia muita falta de algumas coisas aqui no Brasil em termos de comunicação de moda e aí eu decidi “por que não eu fazer?”, disse.
Para Lelê, não é todo mundo que tem um discurso de consumo consciente na indústria da moda e, ressalta também, que o consumo exagerado é muito perigoso. “É muito prejudicial para a sociedade, para o meio ambiente, para as pessoas. Então é necessário ter um cuidado ao comunicar sobre moda, de estar sempre lembrando que você não precisa de tudo, que você não precisa de muito e infelizmente não é todo mundo que tem esse cuidado.
Na avaliação da comunicadora, nos últimos anos as pessoas começaram a se preocupar mais, a entender mais sobre estilo. Mas no entanto, ainda temos muito a aprender sobre a importância de falar de moda.
“É um momento de teste, de experimento e, por isso é tão importante a gente tá trocando [ideias], dialogando. Eu acredito muito nisso, eu acredito que quando a gente conversa e troca, coisas muito especiais podem surgir a partir daí”, destaca.
A moda está ligada a diversos temas importantes, como consumo, sustentabilidade, representatividade e, a partir disso pode ser abordada de diferentes formas. As influenciadoras ressaltam que além de comunicar assuntos que se associação a questões de aparência, a importância de falar sobre moda vai muito além das peças de roupas.
