Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
22/01/2021 às 11h01min - Atualizada em 22/01/2021 às 10h53min

Stephen King: da rejeição das editoras à referência do terror

Livros do escritor norte-americano já venderam mais de 400 milhões de cópias

Talyta Brito - Editado por Gustavo Henrique Araújo
Foto: Stephen King/Reprodução: Tag Livros
O diagnóstico do médico não era animador: o casal Ruth e Ronald não podia ter filhos. A alternativa mais viável seria a adoção. E assim fizeram. Dois anos depois, para a surpresa de todos, Ruth engravidou. No dia 21 de setembro de 1947, nascia Stephen Edwin King.

Por influência do irmão, King teve contato com os livros de terror ainda na infância; sua mãe sempre foi contrária ao consumo daquele tipo de literatura, uma vez que o garoto tinha pesadelos constantes. Para ela aquilo era lixo. Em uma das conversas com a mãe ele declarou: “Um dia eu ainda vou escrever esse lixo."


Stephen foi abandonado pelo pai aos dois anos de idade. Ronald afirmara que iria comprar cigarros, porém nunca mais voltou para casa. A ausência do patriarca gerou dificuldades financeiras na família, o que provocou constantes mudanças de cidade. A mãe dos garotos buscava ao máximo diminuir o impacto emocional  que eles sofreram contando-lhes histórias.  

A paixão pela literatura

Durante sua infância, o escritor foi acometido de sarampo e uma infecção bacteriana na garganta. Como forma de aliviar o tédio, pelas infinitas horas no leito, ele começou a ler. O hábito de ler histórias em quadrinhos incentivou King a escrever suas histórias. A princípio, ele as vendia para a sua própria mãe por cerca de 25 centavos de dólar pelas produções.

Há quem procure similaridade entre fatos da vida de King e as suas obras. Muitos afirmam que o conto “O corpo” - um dos quatro contos que compõe o livro “Quatro estações” – tem uma narrativa que discorre sobre uma brincadeira juvenil que acaba em tragédia, inspirada em um fato da sua meninice.

Certo dia, enquanto brincava com um amigo próximo aos trilhos de um trem, o garoto foi atingido por um trem de carga, o que culminou na sua morte. Todavia, o escritor já declarou que não se lembra do ocorrido. Até se tornar um ícone da escrita do terror, King foi rejeitado por inúmeras editoras. Por muito tempo ele teve que conciliar a escrita com outros trabalhos, para manter os seus filhos e a sua esposa. 

Foi após a venda dos direitos autorais do livro “Carrie, a Estranha”, que a sua vida mudou drasticamente. Durante esse período, King já era casado com Tabatha, e só então ele pode se dedicar totalmente à escrita e abandonar os outros ofícios.

O sucesso de suas ficções foi tamanho que a sua vida tornou-se matéria prima para outros escritores. Lisa Rogak escreveu a biografia “Coração assombrado” (DarkiseBooks), obra que revela segredos sobre a vida de um dos mais célebres escritores contemporâneos. 

King e suas peculiaridades

O escritor tem aversão ao número 13. “Quando estou a escrever, nunca paro de trabalhar se a página tiver o número 13 ou se for um múltiplo de 13. Continuo a escrever até chegar a um número seguro […] Quando estou a ler, não paro nas páginas 94, 193 ou 382 pois a soma desses números dá 13."

Outra característica é que King escreve todos os dias. Na obra “On write”, o escritor aconselha outros escritores, além de sugerir algumas leituras. Para King: “A escrita não é para fazer dinheiro, ficar famoso, transar ou fazer amigos. No fim das contas, a escrita é para enriquecer a vida daqueles que leem seu trabalho."

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »