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29/05/2021 às 10h28min - Atualizada em 29/05/2021 às 10h21min

Chelsea: da noite na Allianz Arena até a final de 2021 - Parte 4

A equipe de Londres passou por altos e baixos após o título da Liga dos campeões e volta à final após nove temporadas

Wagner Gabriel Batista Maciel - labdicasjornalismo.com
Didier Drogba, o herói do título do Chelsea, no momento de sua cabeçada, em 2012 - The Guardian

Após passar pelo temido Barcelona, os Blues tinham a responsabilidade de vencer o Bayern de Munique ,na Alemanha. O time bávaro havia chegado na final da temporada 2009-10, contra a Inter de Milão. O placar terminou em 2 a 0 para os italianos. Alguns dos jogadores do Bayern, que perderam em 2010, estavam em campo contra o Chelsea, entre eles Robben e Ribéry,  que eram os principais atacantes da equipe. Ambos foram responsáveis pela pressão que o time alemão impôs sobre a equipe de Di Matteo. Recuados no campo de defesa, o Chelsea buscava contra-atacar, mas viam dificuldades para isso.

 O Bayern criou chances entrando na área e  arriscando de fora. A defesa dos Blues teve trabalho para conter as tentativas do oponente e a performance de Cech, goleiro do Chelsea, é lembrada pelos torcedores. Apesar de conseguir segurar boa parte do jogo, aos 82, uma cabeçada de Thomas Muller colocou o time da casa a frente e levou a Allianz Arena ao delírio. Porém, cinco minutos depois, um lance envolvendo Juan Mata e Didier Drogba mudou a história do jogo e do Chelsea para sempre. Mata bateu um escanteio, aos 87 minutos e o camisa 11 cabeceou para o fundo das redes de Neuer, colocando seu time de volta ao embate e escrevendo seu nome na história da Champions  O empate estava completo.

Com o placar em 1 a 1, a prorrogação foi iniciada. Mais 30 minutos de emoção estavam previstos para a final. O Bayern persistiu em apertar o Chelsea e, buscando ajudar sua equipe na marcação, Drogba acabou cometendo um pênalti em Ribery. O francês saiu de campo e a responsabilidade estava em Robben. O holandes arrumou a bola e partiu para a cobrança, mas se deparou com Petr Cech acertando o canto e agarrando o chute. A chance de ampliar o placar foi desperdiçada pelo camisa 10 dos bávaros. O Chelsea manteve o  mesmo placar da final de 2009, e, se via caminhando para os pênaltis, assim como na derrota para o United.

 A disputa começou com Lahm acertando para os alemães e Mata errando a batida para os visitantes. Mario Gomez e David Luiz acertaram, cada um para sua equipe. Após David, o goleiro Neuer bateu e converteu a cobrança. Lampard deixou a disputa  em 3 a 2, com uma batida indefensável. O camisa 11 do Bayern, Olic, foi para a cobrança e foi parado por Cech, que acertou o canto e defendeu a cobrança. Em seguida, Ashley Cole converteu sua batida e empatou em 3 a 3. A chance de ampliar o placar estava nos pés de Schweinsteiger, mas o alemão parou em Cech e na trave esquerda do goleiro Tcheco. O responsável pelo empate, Drogba, caminhou em direção a marca da cal. Olhando fixamente para a bola, o marfinense deslocou Neuer na última cobrança e marcou o gol do título do time azul. Para alegria da torcida londrina na Alemanha, a tão sonhada Champions estava a caminho da Inglaterra.

 Blues passam por alguns  anos de “seca” na Champions

 Depois de ter conquistado a Europa na temporada 2011-12, a equipe de Londres não teve o mesmo desempenho durante alguns anos. A última ida para uma semifinal, antes da  grande final da atual edição da UCL, foi contra o Atlético de Madrid, em 2014. Depois de empatar em 0 a 0 na Espanha, os ingleses perderam por 3 a 1 na Inglaterra e ficaram sete anos distantes de erguer  a orelhuda mais uma vez. Porém, mesmo sem um desempenho memorável na Champions ao longo desses anos, a equipe conseguiu vencer dois Campeonatos Ingleses, duas Liga Europa e uma Copa da Inglaterra.

Chegada de Tuchel fortalece o jovem elenco do Chelsea na principal competição europeia

 No início de 2020, a equipe de Londres anunciou a demissão do ídolo e então treinador, Frank Lampard O ex- meio campista foi um dos responsáveis pela era vitoriosa da equipe, mas não obteve os mesmos resultados na função de treinador. Um dia depois da saída de Lampard, chegou Thomas Tuchel na equipe. Conhecido por sua inteligência tática, o alemão alcançou a final da Liga com o Paris Saint Germain, mas perdeu para o Bayern de Munique por 1 a 0. As mudanças no estilo de jogo foram notáveis, com um volume de jogo que exige muito dos times adversários. A principal característica do trabalho de Tuchel foi na consolidação da defesa, de modo que o time londrino tem a segunda melhor defesa da Champions na atual temporada, juntamente com o Manchester City. 

 O desempenho coletivo surtiu efeitos de grande escala, de modo que em toda a temporada de Liga dos Campeões, apenas uma derrota o Chelsea sofreu, para o Porto. Na fase de grupos, foram 4 vitórias e dois empates. O time sofreu apenas dois gols,marcando 14. No mata-mata, duas vitórias contra o Atlético de Madrid, pelas oitavas. Uma vitória por 2 a 0 contra o Porto, seguida do 1 a 0 para os oponentes. Na etapa de semifinal, o time de jovens promessas, como Mason Mount, Werner, Pulisic e Havertz enfrentou o Real Madrid e passou. Para muitos comentaristas, o placar agregado em 3 a 1 foi pouco, diante das chances que o time inglês criou. 

Para o Chelsea, a  etapa final da Liga será contra o campeão inglês, Manchester City, de Guardiola. O retrospecto entre as duas equipes desde a chegada de Tuchel é favorável ao time de Londres: são dois jogos e duas vitórias para o alemão em cima do catalão. Os treinadores protagonizam um espetáculo à parte, com seus estilos e táticas, tornando o clima pré-jogo mais esperado por parte dos torcedores. Será a terceira final do Chelsea e a segunda contra um time de Manchester. O fim dessa jornada pode acabar diferente de 2008. É isso que desejam os torcedores azuis de Londres.

 

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