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10/06/2021 às 17h32min - Atualizada em 10/06/2021 às 11h27min

Lady Gaga vai relançar o álbum Born This Way

A edição especial, chamada Born This Way The Denth Anniversary será lançada no dia 18 de junho

Thamires Trindade - revisado por Jonathan Rosa
Capa do álbum Born This Way. (Foto: Reprodução/ Nick Knight/Vagalume)

No dia 28 de maio, a cantora Lady Gaga anunciou o relançamento do álbum “Born This Way”, que havia completado 10 anos no dia 23 daquele mês. O álbum contará com as 14 canções originais, além de um segundo disco com outras interpretações e vozes de músicos que apoiam a causa LGBTQIA +. O lançamento desta nova versão acontecerá no dia 18 de junho, e essa edição especial recebeu o nome de “Born This Way The Denth Anniversary.  

 
O “Born this Way” foi o terceiro álbum de estúdio da cantora e vendeu 1,1 milhão de cópias na semana de lançamentos, o que a tornou a quinta mulher a conseguir vender mais de um milhão de copias em uma semana nos Estados Unidos, segundo o Portal Popline. No mundo ela vendeu cerca de 6 milhões de cópias e a canção estreou na posição #1 da Billboard Hot 100. 

Este álbum é considerado um marco para a comunidade LGBTQIA +, pois contém canções que abordam essa temática. A faixa principal, “Born this Way” fala sobre aceitação e liberdade de ser quem você é. "Não importa se você é gay, hétero ou bi, lésbica, transgênero… Eu estou no caminho certo, eu nasci para sobreviver’’, diz um trecho da canção.  
 

No videoclipe de “Born This Way”, Lady Gaga faz um manifesto sobre o nascimento de uma nova espécie, que não possui preconceitos nem julgamentos, a qual ela é a mãe dessa ‘’raça’’. A partir desse clipe, a cantora ganhou o apelido de “Mother Monster”, como é chamada carinhosamente pelos fãs.


Confira o clipe abaixo:

Clipe Born This Way (Reprodução: Canal Lady Gaga/ Youtube)


O diretor de arte, Igor Marques, 25 anos, é fã da Lady Gaga há cerca de 11 anos, e diz que gosta cantora por conta dos diversos desafios que ela já passou na vida. Para Igor, que é gay, a principal característica dela é: “olhar pra dor e transformar em algo belo, algo grande, mas que não possa mais te fazer mal. Com certeza é um dos maiores ensinamentos dela’’, relata.  

Segundo ele, Lady Gaga representa um símbolo de força e criatividade. “A Gaga acabou se tornando a voz de pessoas que nunca se sentiram representadas. A estranheza, a bizarrice, essas coisas que faziam a sociedade geral olhar para ela de maneira julgadora acabaram por traduzir o sentimento de boa parte da comunidade LGBTQIA+. E isso gerou identificação’’. Igor também afirma que o álbum é criativo e exalta a essência individual em um mundo compartilhado, a faixa título em si, traduz e dá força a o que é praticamente um mantra para a comunidade: “eu sou linda do meu jeito, pois deus não comete erros. Estou no caminho certo, baby, eu nasci assim”, diz o trecho.

 

Igor afirma que essa frase tem um grande impacto, porque muitas as pessoas são desacreditadas, agredidas, ensinadas de que estão errados por simplesmente serem quem são. Enquanto a Gaga consegue levar ao mainstream uma mensagem que diz o contrário, como diz outra parte de sua música:

 

"não importa se é gay, hetero, ou bi, lésbica, transgênero, estou no caminho certo baby, eu nasci para sobreviver" e isso foi de um impacto tão grande, e trouxe um empoderamento maior ainda, que posso dizer que não só ajudou muitos de nós a aguentarmos a pressão da sociedade como também chegou a salvar vidas’’.

 

Pedro Vinicius Ferreira, 22 anos, também é fã de Lady Gaga, e afirma que escutava a cantora antes, mas foi por volta de 2013 que se tornou fã. O rapaz que também é gay, diz gostar de Gaga porque: “tudo o que ela fez ou faz é o oposto de tudo que já foi criado”. Pedro também afirma que ela desperta o diferente nas pessoas, e ele se identificou com a cantora por ela sempre dizer que: “devemos ser mesmo diferentes e abraçarmos todos os nossos lados”, relata. 

Para Pedro, o álbum foi um marco para muitas pessoas da geração dos anos 2000. Fomos adolescentes quando estavam começando a falar mesmo sobre a comunidade LGBTQIA+. Outras cantoras traziam essa pauta nas músicas, como Katy Perry e Kesha, e a Gaga também vestiu a dor que sentíamos’’, declarou. 


Na opinião dele, a letra de “Born This Way” é muito íntima, porque aborda sobre os julgamentos que as pessoas carregam, mas faz isso de uma forma livre. E fala sobre essas pessoas conquistarem seus espaços e se orgulharem de quem são. “Acho que por isso, até hoje a música é adorada pela comunidade, pois nossa luta é diária”.


Ele acredita que Gaga decidiu relançar esse álbum como uma homenagem a tudo que foi conquistado com ele. “É como se o BTW fosse uma trilha sonora da vida de milhares de pessoas, ela nos deu essa abertura e hoje relança em homenagem as conquistas que tivemos desde 2011, quando foi lançado”, conta Vinicius.

O impacto do álbum foi tão grande, que não ficou limitado apenas para o mundo da música. Lady Gaga e sua mãe, Cynthia Germanotta criaram em 2012, a fundação Born This Way Foundation. Uma entidade que tem como objetivo dar apoio à jovens que estão passando por problemas com a saúde mental, segundo o UOL.

– A representatividade de um artista e a sua influência para debater e discutir temas importantes são essenciais para os fãs, e pessoas que se identificam com o artista. Lady Gaga mostrou a relevância de se defender uma causa e encorajou mais pessoas a fazerem o mesmo. A música também é palco para representatividade e isso a cantora soube fazer bem.–


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