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09/04/2023 às 17h39min - Atualizada em 09/04/2023 às 17h14min

Resenha | O Agente Secreto

A trama de suspense presente na mais nova série da Netflix, O Agente Secreto

Rebeca Souza Marques - Revisado por Danielle Carvalho
(Foto: Reprodução / Netflix)


O Agente Noturno é uma série lançada em março de 2023, na plataforma da Netflix. Ela tem como narrativa a história de Peter, Gabriel Basso, um empregado da base da hierarquia do FBI que tem como posto o porão da Casa Branca e sua função se resume em vigiar um telefone que nunca toca. De repente ele atende uma ligação de emergência e o agente acaba no centro de uma conspiração letal, envolvendo uma espionagem na Casa Branca. Com um ar de suspense, a obra cinematográfica vem adquirindo um grande palco, atraindo milhares de telespectadores pelo mundo todo.



De início podemos perceber que existe uma introdução ao drama que a série quer retratar. Com momentos de tensão, explorando bastante técnicas de filmagem, de som e de atuação, o suspense é bem instaurado na narrativa. Com um protagonista que é sempre deixado bem explícito que erra, aprende, rearranja, acerta, já que estamos diante de um personagem que não é extremamente capacitado e que faz tudo com maestria, trazendo para o mesmo uma visão muito mais humanista, demonstrando que até os grandes “heróis” do FBI são humanos e possuem defeitos e podem sim errar.


O suspense colocado na trama

Continuando a falar sobre o suspense colocado na narrativa, pode-se dizer que esse mistério é colocado de uma maneira inteligente e bem-feito. Durante o decorrer da série uma grande questão é inserida no drama: “Quem é o traidor da Casa Branca?”. Sendo um dos pontos principais a serem abordados, tornando todos os personagens suspeitos, até mesmo a Chefe de Gabinete da Casa Branca, vivida pela ótima atriz e atual queridinha de Hollywood Hong Chau. Ela interpreta a Diane, amiga e chefe do Peter, que ajuda ele em vários momentos, porém existe um momento de grande desconfiança nas intenções dela. Com isso, é notório que qualquer mínima ação suspeita de qualquer personagem leva os telespectadores a interpretarem que talvez aquela pessoa seja suspeita, fazendo com que a ideia de que qualquer um de lá possa ser o traidor esteja presente na cabeça do público.



Ao longo dos 10 episódios, a série conta com tramas que giram em torno do passado, presente e futuro dos personagens. Tudo isso, enquanto garante que todos tenham um interessante tempo de tela, permitindo um maior aprofundamento de cada um deles. O trabalho de Gabriel Basso como Peter Sutherland é poderoso, e mostra o quão difícil é se manter em um caminho de retidão quando forças externas tentam te dobrar, fazendo até mesmo sua vida correr riscos.

Com isso, apesar de ter uma trama de espionagem um tanto quanto genérica, O Agente Noturno merece elogios por conseguir extrair humor de algumas representações um tanto quanto caricatas. Se a indústria é, nas últimas décadas, refém da ideia de que só é bom o que é verdadeiro, crível e realista, pelo menos essa ideia a série da Netflix consegue descartar e abraçar a cafonice quando necessário. A dupla de assassinos que persegue os protagonistas, por exemplo, é totalmente estereotipada, e parece oriunda de qualquer filme da Tela Quente. Uma adição divertidíssima para a trama. Porém, é a partir de momentos como esse que vemos a série destoar um pouquinho dos clássicos de suspensa, mostrando que em gêneros como esse não precisam de tanta seriedade em toda a trama.

Portanto, O Agente Secreto faz um bom trabalho com a narrativa representada, o que explica o grande sucesso entre todos os que assistem, possuindo seus pontos positivos como uma história de suspense.  


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