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11/10/2023 às 21h25min - Atualizada em 11/10/2023 às 19h49min

Do amanhecer ao anoitecer de The Rose: Review do álbum Dual

Gabriela Auzier - Revisado por Carolina Nunes
Integrantes da Banda The Rose (Foto: Divulgação/ Transparent Arts)

 

A banda sul-coreana The Rose, principal do nome do indie rock no país, lançou em setembro seu novo álbum, Dual. Com 11 faixas, o disco é o segundo da banda, que vêm ganhando cada vez mais destaque no cenário internacional, chegando ao primeiro lugar na parada de artistas emergentes com o disco.

 

O “Dual" é composto por faixas como "Back to me”, “Alive” e "You're beautiful" e está sendo bem recebido pela crítica, além de ter conquistado a primeira entrada da banda na parada Billboard 200 de álbuns mais populares nos EUA.

Membros da banda The Rose

Membros da banda The Rose

(Imagem: Divulgação/ Transparent Arts)

 

Conheça The Rose

 

Ativa desde 2015 e com estreia em 2017, a banda é conhecida por sua música emocional e cativante, que combina elementos de rock alternativo, pop e balada. Desde a estreia, a banda formada por Kim Woo-sung(vocal e guitarra líder), Park Do-joon (vocal e guitarra base), Lee Ha-joon (bateria) e Lee Jae-hyeong (baixo), ganhou reconhecimento internacional e uma fã-base dedicada.

 

Alguns dos destaques da carreira da banda incluem músicas como “Sorry”, "Baby", "Red" e "She’s in the rain". Além do sucesso pelas músicas que abordam temas emocionais, The Rose também ganhou destaque pelas apresentações ao vivo energéticas e pelo carisma dos membros.

 

Em março deste ano, a banda chamou a atenção do público brasileiro em sua apresentação no Lollapalooza Brasil, sendo a primeira banda sul-coreana a se apresentar no festival. Eleito pelo G1 como o melhor da edição, o show da The Rose conquistou o público e emocionou os fãs, sendo um dos destaques do festival.

The Rose no Lollapalooza Brasil 2023 ( Foto: Luiz Gabriel Franco/g1)

The Rose no Lollapalooza Brasil 2023 ( Foto: Luiz Gabriel Franco/g1)

( Foto: Luiz Gabriel Franco/g1)

 

Em entrevista para a revista Rolling Stone, a banda falou sobre o sucesso crescente e o atribuiu a conexão com as músicas. A banda disse estar seguindo uma jornada voltada para o equilibrio e experiências sobrepostas, que culminam no “Dual”.

 

Do amanhecer ao anoitecer

 

Como o nome sugere, Dual explora uma ideia de dualidade de dia e noite. O álbum é dividido em dois lados, Dawn e Dusk, com 5 músicas cada em um conceito de “do amanhecer ao anoitecer (Dawn to Dusk)”.  Os dois lados do disco, assim como o conceito de crepúsculo, não são mutuamente exclusivos, o que é a beleza deste álbum. O emblema de ‘Dual’ é um diagrama de Venn, com um anel de rosas e um de espinhos entrelaçados na capa do álbum. É um símbolo  que se relaciona perfeitamente com a última faixa que mistura gêneros musicais de uma maneira muito bonita. 

Capa do lado Dawn do álbum Dual.

Capa do lado Dawn do álbum Dual.

(Imagem: Divulgação/The Rose)

 

Assim como seu antecessor, “Heal”, o álbum conta com duas faixas instrumentais que introduzem cada lado. A primeira faixa é “Dawn", que abre o álbum com uma sensação de calmaria do início da manhã, com o som de pássaros ao fundo. Em seguida temos “You’re beautiful”, terceiro single do álbum, uma faixa calma e reconfortante com uma letra sobre a beleza de quem se ama. Já a faixa “Nauseous” é agitada e divertida, com uma letra sobre o desgosto sentido por alguém no fim de um relacionamento.

 

A próxima é o single “Back to me”, uma faixa de indie rock enérgico sobre arrependimento pelo amor perdido, com vocais fortes de Woosung e Dojoon. É o tipo de música que você ouve no volume máximo enquanto dirige com as janelas abertas. 

 

“Lifeline” é a faixa que encerra o lado Dawn do álbum, com uma letra sobre cura e aceitação do eu lírico e da pessoa amada, com a certeza de que ele não vai decepcioná-la novamente. A música tem um estilo um pouco diferente do restante do álbum, com mais sons eletrônicos, mas mantêm a energia sentimental característica do The Rose. 

Capa Alternativa do lado Dusk do álbum Dual.

Capa Alternativa do lado Dusk do álbum Dual.

(Imagem: Divulgação/The Rose)

 

O segundo lado do álbum começa com o instrumental “Dusk”, que é a faixa de transição perfeita, suavizando após o instrumental de Lifeline e trazendo uma sensação de recomeço. A faixa seguinte é “Angel”, uma colaboração com a americano Trevor Daniel, passa leveza e é como uma canção de ninar reconfortante, combinando com o conceito de noite do lado “Dusk”.

 

Já “Eclipse” é a faixa intermediária do disco, unindo os conceitos Dawn e Dusk. A canção tem uma letra triste mas esperançosa, sobre como depois da escuridão há a luz. O conceito visual do álbum também se relaciona com eclipse, com capas e artes baseados no tema. 

 

“Alive” é uma faixa mais pesada, com instrumentais fortes e uma pegada pop-rock com EDM. Pela sonoridade diferente do restante do álbum, a música se destaca e com uma letra que faz jus ao nome, sobre viver tudo o que há pra viver. A faixa seguinte, “Cosmos”, segue a mesma ideia falando sobre como precisamos aproveitar a vida ao máximo. Encerrando o disco, a música “Wonder” é um questionamento, sobre porque não somos como queremos. A faixa é uma síntese de tudo que é característico da banda, com o tema da música e a sonoridade pop-rock pela qual eles são conhecidos. 

 

Em resumo, o álbum é bastante exploratório mas mantém a identidade que a banda vem construindo com sua discografia. O conceito de dualidade para construir uma narrativa é ótimo e bem executado. “Dual” é uma experiência que deixa um gostinho de quero mais, provando que talento, a The Rose tem de sobra. Confira:

 

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