Cinema Nacional: o Triunfo Contínuo dos filmes brasileiro

Obras como “Pureza” e “Medida Provisória” demonstram riquezas no enredo e produção.

Montagem | Cartaz de Divulgação | Adoro Cinema | Wikipédia

O cinema brasileiro nunca deixou de impressionar o público com sua capacidade de contar histórias profundas e autênticas. Em 2022, três filmes em particular conquistaram os corações dos cinéfilos, e à medida que 2023 avança, eles continuam a ser destaque nas discussões cinematográficas. “Eduardo e Mônica”, “Medida Provisória” e “Pureza” são obras-primas que demonstram a riqueza da produção nacional.
 

Eduardo e Mônica: uma história de amor e música

O primeiro filme se destaca por sua trilha sonora envolvente, que inclui sucessos da Legião Urbana, e pela atuação incrível de Alice Braga e Gabriel Leone nos papéis principais.

Gabriel Leone e Alice Braga interpretam Eduardo e Mônica | Divulgação

Divulgação/ TV Globo

Em um cenário singular na capital brasileira durante os anos 1980, Eduardo (interpretado por Gabriel Leone) e Mônica (Alice Braga) cruzam seus destinos de maneira inusitada, envolvendo-se em uma festa peculiar repleta de indivíduos excêntricos. Impulsionados por uma curiosidade mútua, esses protagonistas, apesar de suas notáveis diferenças, se entregam a um amor arrebatador. Não apenas a discrepância de idade, mas também a disparidade em seus signos astrológicos e até mesmo as tonalidades contrastantes de seus cabelos parecem apontar para uma união improvável. Parece que o amor que floresce entre eles está fadado a ser efêmero, destinado a durar apenas alguns efervescentes meses.

À medida que embarcam em um relacionamento, Eduardo e Mônica são desafiados a amadurecer e aprender a superar suas marcantes divergências, enquanto também confrontam o preconceito de terceiros determinados a sabotar sua conexão. Inspirada na icônica canção homônima de Renato Russo, da renomada banda Legião Urbana, esta comédia romântica oferece uma reflexão sobre a imprevisibilidade do coração.

O filme nos transporta a Brasília nos anos 1980, onde Eduardo (Gabriel Leone) e Mônica (Alice Braga) se conhecem por uma série de eventos fortuitos em uma festa inusitada e cheia de personagens peculiares. Mesmo diante de suas notáveis diferenças - seja em idade, signos astrológicos ou cores de cabelo — ambos são tomados por um amor avassalador. Parece improvável que essa paixão possa resistir ao teste do tempo, mas, à medida que embarcam em um relacionamento, Eduardo e Mônica precisam aprender a superar suas divergências e enfrentar o preconceito daqueles que tentam separá-los. Inspirado na emblemática música de Renato Russo, da lendária banda Legião Urbana, este filme é uma jornada de amor que desafia as expectativas e nos lembra que o coração tem suas próprias razões.
 
Medida Provisória: uma abordagem inovadora da história do Brasil

O segundo filme em destaque, oferece uma reflexão profunda sobre as raízes históricas do Brasil e a persistência das questões raciais. "Medida Provisória" não apenas emociona, mas também provoca uma análise crítica do passado e do presente do país.

Alfred Enoch, Taís Araújo e Seu Jorge nas filmagens de Medida Provisória | Divulgação

Divulgação | Rede Globo

Em um cenário distópico que projeta uma reparação histórica pelas marcas da escravidão, o governo brasileiro emite uma medida provisória que desencadeia uma agitada reação no Congresso Nacional. Como resposta, o Congresso aprova uma polêmica medida que força os cidadãos afrodescendentes a migrarem para a África, para reconectar-se às suas raízes ancestrais. Essa decisão tem um impacto direto na vida do casal formado pela médica Capitú (interpretada por Taís Araújo) e pelo advogado Antonio (vivido por Alfred Enoch), assim como na do jornalista André (interpretado por Seu Jorge), que compartilha o mesmo apartamento com eles.

Em meio a debates sobre questões sociais e raciais, esses personagens também enfrentam dilemas pessoais ligados à mudança forçada de país. Confrontados pelo terror da separação, o casal enfrenta incertezas sobre sua possibilidade de reencontro, enquanto o longa-metragem é uma adaptação da peça teatral “Namíbia, Não!” de Aldri Anunciação, também dirigida anteriormente por Lázaro Ramos em 2011.
 
Pureza: um suspense psicológico de arrepiar

O terceiro filme em destaque de 2022 que continua a brilhar em 2023 é “Pureza”, dirigido por Renato Barbieri. Este filme traz um suspense psicológico que mantém o espectador à beira de seu assento do início ao fim.

Este filme é inspirado na vida real de Pureza Lopes Loyola. Na história, “Pureza”, interpretada por Dira Paes, é uma mãe solo que reside em uma região desfavorecida do Maranhão com seu filho, Abel, papel de Matheus Abreu. Insatisfeito com a difícil vida que levam, Abel decide deixar a cidade em busca de trabalho em um conhecido garimpo, com a promessa de oferecer uma vida melhor para sua mãe. Após meses sem notícias de seu filho, “Pureza” toma a corajosa decisão de embarcar em uma jornada incansável para encontrá-lo.

Durante essa busca desesperada, ela se depara com uma fazenda que utiliza métodos de aliciamento e aprisionamento de trabalhadores rurais, uma triste representação da escravidão moderna. Mesmo enquanto continua sua busca pelo filho, “Pureza” é forçada a trabalhar nesse lugar, testemunhando o tratamento brutal infligido aos trabalhadores e o desmatamento ilegal das florestas. Em uma batalha contra um sistema opressivo e influente, essa determinada mulher enfrenta tudo e todos que se colocam em seu caminho, sempre guiada por sua fé inabalável e pela esperança de reunir-se com seu filho.

O futuro promissor do cinema brasileiro: três filmes que continuarão a brilhar​

Estes três filmes, “Eduardo e Mônica”, “Medida Provisória” e “Pureza”, continuam a surpreender e a cativar o público em 2023. Eles não apenas enriquecem o cenário cinematográfico brasileiro, mas também demonstram a capacidade da indústria do país em produzir obras de alta qualidade que ecoam além das fronteiras nacionais. Com histórias poderosas e atuações notáveis, esses filmes são um testemunho do brilho contínuo do cinema brasileiro. À medida que o ano avança, é certo que eles continuarão a ser destaque nas conversas sobre cinema.

Leia também: Dia do Cinema Brasileiro: do início histórico ao preconceito contemporâneo