Olhar atento à arte - Artes de Março. (Foto: Ana lya Costa/ Arquivo pessoal).Popularmente lembrado como o período que carrega um importante significado na capital do Estado do Piauí, o mês de março se consagrou como símbolo da cultura em Teresina. Conhecido tradicionalmente como “Artes de Março”, esse grande festival, realizado pelo Teresina Shopping, comemora e celebra, anualmente, as riquezas culturais e artísticas que estão presentes na sociedade.
Alberto Moura, gerente de marketing e um dos coordenadores do Artes de Março destaca a essência do festival. “O objetivo do Artes de Março, desde o seu surgimento, está centrado na entrega de arte e cultura para a cidade, essa é a sua base. Um lugar onde se dá espaço para artistas plásticos, fotógrafos, caricaturistas, e cantores se exibirem, mostrarem sua arte e seu trabalho. Então, ele realmente consiste na entrega de cultura e arte para a cidade”, explica Alberto.
Com uma programação recheada de conteúdo, o festival anual apresenta aos seus visitantes um diversificado leque de opções: exposições, fotografias, dança e muita música. Com todas essas possibilidades, Alberto Moura evidencia os principais nomes que já passaram pelo evento. “Todos os nomes são extremamente importantes, mas tivemos: Demônios da Garoa, Beto Guedes, Leoni, Céu, Lô Borges, Renato Teixeira, Mestre Ambrósio e diversos outros que, com certeza, deixaram sua marca no Artes de Março”, destaca.
Além dos artistas que já passaram pelo festival, todos os anos o Artes de Março busca apresentar e contar ao seu público um pouco das características do Brasil. Nos últimos quatro anos o evento homenageou, respectivamente: em 2020 - a geração de 1990, em 2021 - a piauiensidade, em 2022 - excepcionalmente - o festival aconteceu no mês de abril em decorrência das comemorações do aniversário de 25 anos do Teresina Shopping e em 2023, o Artes de Março fez sua homenagem ao Nordeste.
Neste ano, a festividade se encontra em sua 26° edição e faz uma homenagem às diferentes manifestações culturais do Brasil com o tema: “Nosso Brasil Tão Brasileiro”. Diante desse momento, Alberto Moura demonstra a relevância que o festival conseguiu conquistar ao longo dos anos. “O grande peso agregado é a quantidade de artistas que a gente já conseguiu dar visibilidade nesses 26 anos. A quantidade de obras que já foram expostas, a quantidade de temáticas e junto a cada temática existe uma história que vai junto ao Artes de Março. Todas as edições do festival possuem uma temática e junto com ela vem o desdobramento de uma história. Então, o valor agregado ao festival é isso, porque não é um festival de música, ele é um evento que conecta tudo em um único evento”, conclui Alberto.
Como toda a brasilidade que está presente no Teresina Shopping durante todo o mês de março, o que não faltam são imersões e experiências que podem ser vividas no local. Gigi Leal, historiadora e design de moda, é uma das apreciadoras do conteúdo que todos os anos o Artes de Março propõe e diante disso, ela destaca como a temática de 2024 lhe brilhou os olhos. “O que me chamou atenção no tema desse ano foi essa exaltação da cultura brasileira de um modo geral, sem haver essa segmentação por regionalismos. Lá nas exposições você consegue ver um pouquinho de cada coisa. Um pouquinho do Brasil inteiro. Claro que, obviamente, não tem como se dar conta de todas as manifestações, de tudo, mas tem um pouquinho de cada. Além de tudo, as apresentações musicais estão sendo muito legais”, declara Gigi.
Diante da tradicionalidade que o festival conseguiu construir ao longo dos mais de 20 anos, Gigi Leal evidencia ainda a importância que o evento traz. “O festival Artes de Março tem uma importância tanto para nossa cena local quanto, de certa forma, para a questão cultural do Estado. Porque se pensarmos nas pessoas que vêm de outras cidades e de outros Estados e pensar na perspectiva de que certamente elas devem ir ao shopping para resolver alguma coisa e diante disso acabam tendo contato com aquelas exposições ou eventualmente com algum show que acontece, elas acabam assim conhecendo esse festival. Eu sou uma frequentadora do Artes de Março há muitos anos. Eu tive a oportunidade através do festival de ver artistas nacionais que eu gostava bastante, outros que eu não conhecia e comecei a gostar a partir do contato que eu tive com o Artes de Março. Então, eu acho que é um festival que tem bastante relevância e importância para nossa cultura local e até mesmo do Estado”, conclui.
Outra perspectiva que também se evidencia em relação ao festival, se volta às experiências que ele propõe. Kamila Reis, editora de imagens, também é uma apreciadora do evento e comenta a experiência que teve com o festival do ano passado. “Foi muito positiva, adorei prestigiar de uma forma diferente a cultura regional do Estado. A experiência de entrar nos cenários, a sonoplastia aconchegante, tudo combinou e se tornou muito agradável”, declara Kamila.
