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23/08/2019 às 09h34min - Atualizada em 23/08/2019 às 09h34min

Crescem golpes através de aplicativos

Cuidados precisam ser tomados na instalação em smartphones, atenção ao clique ou compartilhamento de links suspeitos

João Marques - Edição: Giovane Mangueira
Imagem: Reprodução internet
Promoções atraentes, propagandas chamativas, cupons de descontos, vagas de emprego que não existem, clonagem de aplicativos de troca de mensagens. Várias são as formas que tem dado um motivo a mais para usuários de smartphones estarem atentos na segurança de seus aparelhos e principalmente seus dados.

Um dos motivos para tamanha vulnerabilidade já começa mesmo no momento da instalação dos aplicativos. Poucos são os usuários que leem as autorizações que estão sendo concedidas no momento da instalação nos aparelhos. Os textos costumam ser longos e muitos não se atentam as permissões que estão sendo concedidas, como acesso a contatos, chamadas, câmera e até galeria de fotos. Como consequência, dados e informações pessoais, ficam totalmente vulneráveis.
 
Recentemente um golpe que simula consulta para saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) atingiu mais de 130 mil brasileiros. Usuários receberam, acessaram e compartilharam o golpe em poucos dias, conforme divulgou o laboratório especializado em segurança digital, dfndr lab.

Para a Mariana Ortiz, advogada e gerente de riscos financeiros e cibernéticos, uma das causas do crescimento dos casos registrados é o cuidado que ainda falta em parte da população. Segundo ela, o crescimento dos casos conhecidos acontece porque os criminosos se deram conta de quão lucrativo e fácil é esse negócio e ainda sobre o quanto  a população ainda não se deu conta de como seus dados podem ser monetizados. “A população tem que começar a se proteger dos ataques, da mesma forma que protege seu patrimônio e entender que os dados são o novo “petróleo” do mercado”, conta.

Ainda segundo ela, o tipo de golpe mais frequente ainda é o método usado por cibercriminosos para descobrir informações pessoais de usuários, através de habilidades de persuasão, ou seja, não é necessário “hackear” o aparelho do usuário.

Guilherme Guimarães, advogado e especialista em Segurança da Informação, explica que o aumento no número de casos registrados está diretamente ligado à popularização do acesso a essas plataformas. “Hoje, o WhatsApp é o aplicativo mais usado em todo o mundo e ele também é a porta de entrada para inúmeros golpes. Uma das técnicas adotadas pelos criminosos é a engenharia social, usada para roubar dados pessoais do usuário. O mais comum nesse tipo de técnica é o “phishing em que a pessoa acessa um site ou um link que parece confiável, mas que, na prática, trata-se de uma réplica para roubar informações importantes. Outra modalidade de cibercrime que está crescendo é a clonagem do WhatsApp”, revela.

O especialista em segurança Leonardo Sant'Anna explica que as empresas que administram os aplicativos de troca de mensagens instantâneas como WhatsApp e Telegram, têm obrigações em relação a segurança dos usuários e devem prestar suportes, em caso de golpes.

Para ele, as vítimas podem recorrer de seus direitos, denunciando imediatamente possíveis fraudes em delegacias especializadas ou em outros órgãos que possam recepcionar tais denúncias. Caso exista algum caso de ameaça ou pedido de valores ele orienta, anotar os momentos em que isso for feito e que informações são ditas durante o contato e fazer prints (fotos das telas) com as mensagens que ensejarem a denúncia a ser feita.

Ele também fala sobre as explicações para os casos conhecidos de clonagem de aplicativos e golpes: “As informações pessoais e comerciais se tornaram um campo muito poderoso de oportunidades, não apenas para criminosos, mas também para quem deseja encontrar “alvos” de interesse com mais efetividade. Aos que praticam crimes, dados como CPF, movimentação financeira e senhas de internet são os casos mais comuns de interesse”, esclarece.

Confira alguns cuidados, orientados por especialista:

Leonardo Sant'Anna orienta sempre atualizar os aplicativos nos smartphones. Além disso, o especialista alerta para:
  • Não abrir links desconhecidos;
  • Sempre fechar o programa depois de abri-lo em navegadores dos computadores ou laptops;
  • Evitar acessar redes wi-fi desconhecidas e
  • Evitar abrir o aplicativo em computadores que não sejam os seus
 
 

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