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23/08/2019 às 15h17min - Atualizada em 23/08/2019 às 15h17min

Piloto Marco Maragno fala sobre as raízes da Stock Car na Corrida do Milhão

A Stock Car Brasil celebra 40 anos, e entusiastas comparecem em Interlagos para conhecer essa História mais de perto

Lucas Neves - Editado por Paulo Octávio
Piloto Marco Maragno #9. Foto: Reprodução/Facebook
Neste domingo, 25, será realiza a clássica Corrida do Milhão, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. A largada será às 11h30 (Horário de Brasília) e terá transmissão da TV aberta. O vencedor leva para casa um milhão de reais. A corrida, que surgiu em 2008 no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, será realizada na temporada histórica de 40 anos da categoria. A Stock Car Brasil realizou a primeira corrida em 22 de Abril de 1979. Nesta data, Opalas invadiam o Autódromo de Tarumã, no Rio Grande do Sul, para escrever a primeira página da principal categoria do automobilismo brasileiro. Entusiastas, até os dias de hoje, correm nestes carros e visam resgatar e preservar esta memória. Marco Margano, da Old Stock Race -- uma categoria que remonta as antigas corridas brasileiras disputadas na década de 70 --  é um deles e conversou com o Lab Dicas sobre como é participar desta categoria. Confira na íntegra.

LAB DICAS: Marco, quando você decidiu correr na Old Stock Race e por quê?

MARCO: Eu comecei no início da categoria. Eu corria na Stock Paulista, e aí o Grego, fundador da categoria junto com o Paulo Solaris e Paulo Gomes me fizeram um convite. E eu prontamente aceitei, pois vi que é uma categoria promissora.


Marco Maragno guiando no Autódromo de Interlagos. Foto: Reprodução/Facebook

L.D: A Stock Car Brasil completa 40 anos e, na década de 70, quando ela surgiu, os Opalas da época formavam o grid. Qual é a sensação de poder dirigir uma máquina dessas na Corrida do Milhão e quais são as expectativas?

MARCO: É a melhor sensação que pode existir no automobilismo. Saber que lendas passaram por essa categoria e largaram neste grid, e agora poder fazer parte disso é a melhor coisa que pode existir pra um piloto. É uma categoria muito bacana, muito envolvente, com muita ação, muita reação dos carros e emoção.

L.D: Guiar este tipo de carro é complicado? Quais são as diferenças deste tipo de Opala para os Opalas de fábrica?

MARCO: É um pouco complicado pois eles tem muita potência. Embora ele seja um carro voltado pora competição, ele é um automóvel de rua adaptado. Ele tem muita potência e um pouco menos de aderência. Ele usa pneu radial, de rua, e tem uma potência maior que 330 cavalos. Isso o torna um pouco mais difícil de guiar, mas é muito bom.

L.D: Quais são seus planos para o futuro dentro do esporte? Pretende se manter na Old ou visa estar na Stock Car um dia? Há alguma outra categoria que você almeja?

MARCO: Eu pretendo ficar na Old Stock, que é uma categoria que eu sei que vai crescer. É uma cateogria que é promissora. A cada dia que passa ela fica mais profissional e mais competitiva. E futuramente, quem sabe, ingresso na Stock Car.

L.D: Há a possibilidade de começar a carreira como piloto na Opala 250 e na Old Stock? Você já correu em alguma outra categoria?

MARCO: Há condições de começar, sim. Por isso que a diretoria da OSR fundou a Opala 250. É uma categoria para pilotos novatos começarem a se adaptar com o carro e ter noção de competição. Eu já corri no Campeonato Paulista de Super Stock e campeonatos de Vectra.

L.D: Pra você, qual é a importância de preservarmos a Old Stock Race e a Opala 250 - categoria de ingresso da OSR - para o automobilismo nacional?

MARCO: Temos que preservar a 250 porque bons pilotos novatos sairão de lá e irão para a Old. É importante preservar e apoiar a Old pois a OSR é paixão por Opala, por adrenalina, competição. Como ela vem lá de trás, da década de 70, e está voltando com força hoje, ela deve ser preservada por muitas décadas. Enquanto existir condição de colocar um Opala na pista, eu acredito que ela deve ser preservada.

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