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12/12/2019 às 14h46min - Atualizada em 12/12/2019 às 14h46min

Acusada de doping e fraude, Rússia está banida das próximas Olímpiadas

Federação tem 21 dias para recorrer a Corte Arbitral do Esporte (TAS)

Gabriel Amorim - Editado por Paulo Octávio
Foto: Damien Meyer/Reprodução/AFP
Após decisão unânime imposta pela Agência Mundial Antidoping (WADA) e com o apoio do Comitê Olímpico Internacional (COI), a Federação Russa está impedida de participar de competições internacionais até 2023. Por isso, a Rússia  não disputará às Olimpíadas de Tóquio em 2020 e a Copa do Mundo de 2022, porém, a FIFA ainda não se pronunciou sobre o caso. Entretanto a participação do país na Eurocopa-2020 não será ameaçada. Essa imposição também prevê que os atletas russos terão de passar por exames antidoping em instituições internacionais para poder participar da Olimpíada. As competições internacionais que forem marcadas no período em que a punição esteja em vigência, não poderão ser disputadas no país e só serão realizadas se não ocorrer um possível adiamento. A federação do país tem 21 para recorrer a corte internacional.

Em resposta, o primeiro-ministro Dmitri Medvedev falou em “continuação da histeria antirussia”, porém considerou que o país ainda tem falhas quanto ao doping. E o presidente Vladimir Putin afirmou que: “A natureza coletiva da sanção não significa preocupação com a pureza do esporte, mas sim que se trata de uma decisão política”.


Escândalo veio a público em 2015, quando o jornal britânico The Gardian  relatou que havia indícios de que o governo federal do país estaria envolvido em um suposto caso de dopagem em longa escala de seus atletas olímpicos. E eles mesmos supostamente manipularam exames de seus atletas. Com isso, a WADA interviu e passou a investigar a situação. Pouco depois da reportagem, a organização proibiu a Agência Antidoping de Moscou (RUSADA) de fazer testes em qualquer de um de seus atletas. Segundo a WADA, a operação funcionava a partir da diluição de álcool, em coquetéis com anabolizantes, que teriam sido feitos com o consentimento do Ministério dos Esportes local.

Um ano após o início das investigações e com o limiar das Olimpíadas do Rio de Janeiro mais evidências vieram à tona, e a Rússia viu seu time de atletismo ser impedido de disputar a competição. Além disso, à época, a delegação russa veio a desfilar e competir com a utilização de uma bandeira neutra. Em 2018,  os Jogos Olímpicos de Inverno, disputado em Pyeongchang, apenas 80 atletas russos competiram.

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