“É uma alegria que não dá para definir. Parece que ainda não caiu a ficha, porque trabalhamos tanto para chegar nesse momento e a gente obteve nossa recompensa. O título foi fruto do nosso trabalho”. Disse a capitã da seleção, Raquel Kochhann, em entrevista coletiva ao fim da partida.
Com uma campanha impecável, a seleção brasileira acabou o torneio classificatório invicta, com seis vitórias em seis jogos. Na fase de grupos, a equipe ficou em primeiro lugar do grupo C, depois de vencer a Polônia e o Cazaquistão pelo placar de 14 a 12 e a Argentina por 26 a 24. Nas quartas de final, viu mais uma vez o Cazaquistão como adversário e venceu novamente por 21 a 5, já na semifinal, bateu o Quênia por 17 a 5. O Brasil disputou a final contra a tradicional seleção da Escócia e venceu por 28 a 19, erguendo a taça do torneio.
Muitas são as conquistas do time brasileiro: 13 vezes campeão do Campeonato Sul-Americano, ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2014 e bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2015 e, mesmo assim, o rugby brasileiro não é tão legitimado nacionalmente. Entretanto, a ausência de reconhecimento, estrutura e investimento não são obstáculos para as Yaras, pois vão de encontro ao preparo, à força de vontade e às conquistas de cada uma delas. As meninas do Brasil têm o desejo de se manterem entre as melhores do mundo e estão em constante esforço para alcançar isso. A máxima “lute como uma garota”, nesse caso, “jogue” como uma garota, nunca fez tanto sentido.