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09/07/2020 às 21h58min - Atualizada em 09/07/2020 às 21h55min

Moda deixa estética de lado e prioriza conforto durante pandemia

A pandemia de covid-19 mudou a forma de vestir e o comportamento da moda

Thaynara Junqueira - Editado por Larissa Barros
Ilustração por Celiane Gomes


Há mais de cem dias, desde que o Brasil registrou seu primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus (covid-19), e ainda não temos uma previsão para o fim da pandemia. Durante o período de isolamento social, principal forma para conter o avanço da doença, ocorreu um movimento muito forte na moda que é a busca por conforto. 


Em entrevista ao Dicas de Jornalismo, a criadora do portal “Das modas” e colaboradora do site Agrund, Lelê Santhana, destacou que as tendências de moda do futuro são imprevisíveis. De acordo com ela, o mercado reflete o comportamento humano, pois cada pessoa tem seu valor e sua percepção do momento.

Artistas como a cantora Ivete Sangalo, a atriz Manu Gavassi e Anitta, adotaram roupas mais confortáveis e fizeram do pijama parte dos looks do dia a dia. O moletom também virou protagonista durante a quarentena de muitas influencers como Thássia Naves e Flávia Pavanelli. Além disso, o sutiã foi esquecido no guarda-roupas de muitas brasileiras.

No entanto, para Lelê, nunca vai existir um único comportamento ou uma única tendência. “Acho que por um lado, o público vai consumir mais consciente e o outro lado vêm com uma necessidade do glamour, do belo. Depois de um momento tão triste, algumas pessoas vão querer ver a imagem da moda glamourosa, transbordando o belo como se a moda fosse um sonho” afirmou a criadora digital. 

Atualmente, o conforto está em evidência e tudo que é exagerado e desconfortável perdeu um pouco de espaço. Já a estética que era tão importante na rotina, para muitas pessoas ficou em segundo plano. A tendência é se sentir bem, seja com roupa ou sem. 

Em conversa com a nossa reportagem, a  proprietária da marca de lingeries De Mari, Gabriela De Mari,  um dos propósitos da loja é o conforto, e por isso as vendas subiram durante o período do isolamento. Mesmo com o aumento de mulheres que aderiram ao “no bra club”, o uso de roupas sem sutiã.

 

“A pandemia trouxe a valorização do conforto em todas as áreas, na roupa íntima principalmente. Acredito que quando voltarmos, talvez exista um choque para quem usava bojo e peças apertadas”, afirma a empresária.


Segundo a empresária, mudanças vão continuar acontecendo, e o perfil de seus clientes, já mostra uma preferência pelas peças mais confortáveis. 

Apesar de sabemos que o perfil do consumidor mudou, assim como o seu ambiente de trabalho e de lazer, que agora são em sua casa e que por isso roupas novas não são mais necessárias para essas ocasiões, as futuras tendências e o fim da pandemia são mistérios.   



 

 


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