Dois meses após fechamento, Bonito reabre turismo com protocolos de segurança

Município sobrevive quase inteiramente do turismo nacional, regioestoico signal e internacional, e foi um dos locais mais estóicos no fechamento devido à pandemia

Foto: Agência Tecla MKT Press

Um dos principais destinos turísticos do Brasil, que atrai visitantes do mundo todo, Bonito, distante 300 quilômetros de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, reabriu o setor de turismo no primeiro dia de julho, com novas regras de combate ao novo coronavírus. 
A economia de Bonito é baseada no turismo, pecuária, agricultura e mineração. É o principal município que integra o complexo turístico do Parque Nacional sa Serra de Bodoquena. “A importância (da reabertura) é principalmente econômica, dado que a principal fonte de renda do município é o ecoturismo, assim a situação econômica realmente se agravaria muito se não ocorresse a reabertura. Principalmente nos índices de desemprego local, que já aumentaram bastante”, explica a diretora de sustentabilidade do grupo Rio da Prata, Luiza Coelho.

Embora, estatisticamente, Mato Grosso do Sul esteja entre os estados brasileiros com menores índices de contaminação pela Covid-19, o município foi um dos primeiros do estado a decretar o fechamento da cidade, com o intuito de evitar que pessoas vindas de outras cidades transmitissem o vírus aos moradores de Bonito.

Após dois meses fechada e amargando prejuízos econômicos, a cidade reabriu as portas de seus passeios e rede de hotelaria na quarta-feira de primeiro de julho, com regras de segurança e higiene contra a Covid-19. A expectativa é retomar aos poucos o movimento turístico.

Com a mudança do calendário de alta e baixa temporada, moradores do estado são o público-alvo nesse momento de retorno do setor, com direito a tarifário especial, válido inclusive para os próximos feriados nacionais. “Hoje, o turista de Mato Grosso do Sul está à frente dos outros turistas, já que para vir a Bonito ele não precisa entrar em um avião. Além disso, a baixa temporada se estenderá até dezembro de 2020, e isso inclui preços para fomentar a economia e também o turismo nesse momento tão atípico”, explica a gestora do projeto MS+Bonito e diretora da H2O Ecoturismo, Kassilene Cardadeiro.

A programação está seguindo o protocolo de biossegurança elaborado pela Atratur (Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região), aprovada pela Prefeitura de Bonito e o Plano de Contingência, aprovado pela Prefeitura de Jardim, que estabeleceram o uso de máscaras, distanciamento social, diminuição de 30% de pessoas por grupo, redução dos horários e higienização intensificada de equipamentos, além da conversão dos restaurantes em serviço à la carte.