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03/08/2020 às 18h34min - Atualizada em 03/08/2020 às 18h17min

Break Dance é a aposta do COI para Jogos Olímpicos de Paris em 2024

Prática integrou o programa dos Jogos da Juventude em 2018 e tem grande chance de virar modalidade olímpica

Dara Oliveira - labdicasjornalismo.com
Brasileiro Mateus Melo, conhecido como Bart, disputou a final do Red Bull BC One de 2019. Créditos: Reprodução/Red Bull

O Break Dance, considerado uma ferramenta cultural, símbolo de liberdade de expressão através da dança, agora é a aposta do Comitê Olímpico Internacional (COI) para integrar o programa dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024. O estilo de dança surgido nos Estados Unidos, em meados dos anos 1970, foi sugerido pelo Comitê Organizador do evento com sede na capital francesa. Apresentado como experiência nos Jogos da Juventude realizados em Buenos Aires, em 2018, a modalidade esportiva obteve resultado positivo. Assim, ao lado de outras modalidades como skate e surf, que estreiam já nos jogos de Tóquio, o breaking é uma oportunidade pensada para atrair um público mais juvenil e renovar as disputas olímpicas. Conforme determinado pelo COI, a escolha da prática como disputa olímpica será decidida até em dezembro de 2020. 

 

Assim como outras modalidades que integram o quadro dos Jogos Olímpicos modernos, o break dance tem suas particularidades. A saber, o estilo de dança tem suas bases na cultura do hip hop, original dos Estados Unidos. A prática é livre e os b-boys e b-girls (como são chamados os dançarinos) fazem tudo acontecer em círculos formados no meio da rua. O momento da performance é livre, pois os praticantes têm liberdade para escolher a trilha sonora. Todavia, o mais comum é performar ao som dos estilos tradicionais. Atualmente o Breaking tem alcance mundial e um sistema de disputas organizado pela Federação Internacional de Dança Desportiva (WDSF, sigla em inglês). Um dos maiores eventos do estilo é o Red Bull BC One, criado em 2004 e desde então passou a se realizado anualmente. Assim, a disputa conta com praticantes de vários países, os quais se dividem para confrontos regionais.

 

Modalidades de disputas

 

O Break Dance conta com muitas modalidades de disputas, que permitem que os participantes se apresentem em grupos com mais de quatro competentes, quartetos, trios, ou na categoria solo. Caso a modalidade seja escolhida para os Jogos de Paris, as disputas seguirão o modelo de apresentações individuais (um contra um) que estiveram no programa das Olimpíadas da Juventude de Buenos Aires. Sendo assim, durante as performances os competidores são livres para fazer a escolha da vestimenta, contudo, normalmente os modelos mais usuais são moletons e calças largas. Além disso, nas disputas os praticantes estão no campo de batalha. A saber, as músicas tocadas não são escolhidas pelos competidores, visto que o confronto começa quando os adversários já estão na pista e o DJ solta as batidas. Quanto aos ganhadores, os avaliadores observam características do estilo, como é o caso da originalidade dos movimentos, musicalidade, criatividade do participante e possíveis erros.

 

Renovação no programa olímpico

 

A integração do Break Dance ao programa olímpico é mais um passo do COI na tentativa de renovação das modalidades. Sendo assim, antecedendo a primeira apresentação do Breaking como esporte, o skate e surf serão algumas das modalidades inéditas que integrarão o programa de Tóquio, e sem dúvida, são as estreias mais aguardadas. Mas, além disso, a entidade testará modalidades como karatê, escalada, beisebol e softbol (categoria feminina). Portanto, caso aprovada a integração do Break Dance no programa Olímpico, a modalidade esportiva será mais uma com a missão de inovar. Dessa forma, com  suas características que agrega o espírito jovem, urbano e livre, atrair novos olhares para o maior evento esportivo da contemporaneidade.

 

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