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16/10/2020 às 07h43min - Atualizada em 16/10/2020 às 07h40min

Maurizio Ruzzi publica coletânea de contos inspirados na pandemia de Covid-19

O primeiro livro de contos do mundo sobre a pandemia do novo Coronavírus

Talyta Brito - Editado por Bruna Araújo
Robert Rudolf Mezzomo
A imprevisibilidade – substantivo feminino, que quer dizer “atributo daquilo que não se pode prever” é uma das características da vida humana. Mesmo tendo consciência de tal fato, ainda somos surpreendidos. A virada de mais um século chegou repleta de expectativas, mas um vírus fez um planeta inteiro desacelerar.

A Covid- 19 ou o coronavírus, como é popularmente conhecido, pertence à família Coronavíridae.  Uma pessoa infectada pode apresentar: febre, cansaço, tosse seca, congestão nasal, dor de cabeça, perda de paladar ou olfato.  No dia 8 de agosto de 2020, o Brasil atingiu a marca de 100 mil mortos pelo Covid-19. Diante do novo cenário, diversas são as discussões sobre as mudanças benéficas que o isolamento social irá causar – todas elas permeadas pelos mesmos questionamentos: haverá um novo normal? Obterá o homem alguma lição de moral durante o período? A raça humana será melhor quando o caos amenizar?

Maurizio Ruzzi, autor de 13 Vítimas da Política Brasileira – ficção que projeta uma possível realidade, caso cada um dos 13 candidatos as eleições presidenciais brasileira de 2018 chegasse ao poder – e Contos do Machado -  coletânea de narrativas históricas - que conta com as ilustrações de Juno Nedel, propõe a análise por um outro aspecto através de sua mais nova obra – “Quarentena - contos isolados” (editora Skull). Há sentimentos, como egoísmo e a autopreservação, enraizados no homem que durante a reclusão tornaram-se mais evidentes. Outra questão discutida é a busca por tirar proveito da situação diante da dor alheia.

O que mais encanta no decorrer dos trezes contos é que não há romantização da vida. As dificuldades das relações familiares, sejam entre cônjuges, pais, colegas de trabalho, são escancaradas para o leitor. Os cenários onde as histórias se passam vão desde zonas periféricas aos bairros luxuosos. Os personagens apresentados fogem do padrão vilão versus mocinho e em parte da narrativa não são citados os seus respectivos nomes – o que presume-se que o foco do escritor está na situação e não em que a vive.

Nas entrelinhas das histórias, diversos são os temas elencados: vão desde o político e social, ética a obsolescência programada – ação proposital por parte da indústria em produzir produtos com prazo de funcionamento induzindo os consumidores a adquirir novos bens. A dualidade entre o excesso de cuidado para evitar a contaminação e o desleixo são narrados de forma que arrancam boas risadas. Em suma, uma obra que faz exame profundo do comportamento humano e leva o leitor constantemente a refletir: e se fosse eu? agiria diferente ou de maneira semelhante? Como afirmou Epicuro, filósofo grego, “ caráter é aquilo que você faz quando ninguém está olhando. ”

A obra está disponível para compra no site da editora Skull.

 
 
 
 
 
 
 

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