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29/01/2021 às 11h10min - Atualizada em 29/01/2021 às 16h47min

Além das quatro linhas!

Sport Recife doa 125 cilindros de oxigênio para Manaus

Talyta Brito - Editado por Gustavo Henrique Araújo
Foto/Reprodução: Arte pessoal
Pacientes agonizando por falta de oxigenação. Esse é mais um exemplo escancarado da negligência governamental. A alguns quilômetros de distância das unidades hospitalares, formam-se filas gigantescas. São familiares de pessoas internadas tentando comprar cilindros de oxigênio por conta própria. Uma verdadeira disputa, em que cada minuto pode ser fatal.

Quinta-feira, 14 de janeiro de 2021, a falta de oxigênio em Manaus, capital do Amazonas, maior estado brasileiro em extensão territorial, é destaque nos meios de comunicação ao redor do mundo. Diante do agravamento da crise sanitária, o governador Wilson Lima (PSC) anuncia novas medidas, no intuito de minimizar a propagação do vírus. 

Quatro dias depois do colapso do sistema de saúde amazonense, o meio campista Thiago Neves anunciou por meio de sua conta pessoal no Twitter a doação de 125 cilindros – uma parceria entre os jogadores do Sport Recife e empresas: “Nossa ação tem por intuito salvar vidas e ajudar ao máximo a população que está precisando de um apoio."


                                                            (Fonte: reprodução - Twitter/@thneves10)  

Essa não foi a primeira vez em que um time realizou uma ação solidária. O São Paulo, único time brasileiro a ganhar três mundiais, doou 500 cestas básicas que foram distribuídas nas zonas periféricas da cidade para famílias em situação de vulnerabilidade durante a pandemia do novo coronavírus. O dinheiro arrecadado durante a campanha foi repassado à Central Única das Favelas (CUFA) para a compra de mais mantimentos. 


                                                     (Fonte: reprodução - Twitter/@SaoPauloFC)

Em julho de 2019, a previsão meteorológica apontava madrugadas de frio intenso em Porto Alegre. Sendo assim, Internacional e Grêmio, os dois maiores clubes do Rio Grande do Sul, deixaram a rivalidade de lado em prol de uma causa nobre. O Colorado cedeu o espaço do Ginásio Gigantinho para acolher pessoas em situação de rua. O Tricolor enviou ônibus com cobertores, sopão e colchões. A iniciativa do Grenal foi inspirada em uma ação de outro gigante do futebol 
o River Plate. A casa do time argentino, o Estádio Momumental de Nuñez, que foi palco da final da Copa de 1978, transformou-se em lar para muitas pessoas na noite mais fria do ano. 

                                               (Fonte: reprodução - Twitter/@RiverPlate)  

Espera-se que ações como essas tornem-se cada vez mais comuns e que tais assuntos também sejam abordados na mídia, e não apenas as notícias de violência nos entornos dos estádios e injúrias raciais dentro do campo, como é comumente visto nos jornais e noticiários, afinal, também existe o bem. Durante este difícil período, o futebol deixa um legado: o pequeno gesto faz a diferença.

Que os jogadores, compreendendo seus papéis na transformação social, sejam referências não só em dribles e pedaladas, mas também exemplos de empatia. Ideias utópicas para alguns, esperanças de tempos menos sombrios para outros. Já afirmava o escritor Eduardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos, e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar". Avante!

 

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