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09/04/2021 às 10h05min - Atualizada em 09/04/2021 às 10h00min

LG se retira do mercado de celulares mundial

Sttéfani Peres - Editado por Manoel Paulo
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Em comunicado oficial, a LG confirmou na segunda-feira (5) a sua saída do segmento de smartphones. A decisão foi tomada considerando os sucessivos prejuízos da empresa, como a queda na participação no mercado mundial — atualmente a sua porcentagem é de apenas 1,6% — ­ e após perderem cerca de US$ 4,5 bilhões nos últimos cinco anos.

Já existiam muitas especulações sobre a intenção da empresa em deixar a área de celulares, mas todos os rumores foram negados por Ken Hong, responsável pela comunicação global da LG. Esses rumores foram reforçados quando surgiram boatos que o LG Rollable, celular “enrolável” que era grande proposta da marca, teria seu lançamento cancelado juntamente com projetos futuros. A empresa também tentou vender o setor de smartphones, no que não se obteve sucesso.

No Brasil, a fábrica do interior de São Paulo, em Taubaté, é a única responsável pela produção de smartphones. No final de março foi organizada uma greve, na qual o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos pretendia negociar com a LG sobre o fechamento. A fábrica em Taubaté conta com cerca de mil funcionários, sendo 400 da área de celulares, outros 300 integram a área de monitores e o restante faz parte do call center.

Representantes da LG disseram que irão focar na produção de eletrodomésticos, a chamada “linha branca”, na fábrica em Manaus, fazendo jus ao comunicado oficial da empresa sul-coreana. Também será transferida a produção de notebooks, monitores e all in one para a unidade amazonense. O intuito é que a fábrica de Taubaté seja adaptada para se tornar uma unidade de produção da linha branca, porém foi informado que isso só será possível após a pandemia, junto da obtenção de incentivos fiscais do governo paulista.

Na mesma segunda-feira em que foi declarado o encerramento de atividades, foi apresentada uma denúncia contra a LG por parte do Sindicato dos Metalúrgicos. de São José dos Campos A denúncia foi feita por conta da demissão coletiva dos funcionários em meio à pandemia, ausência de negociação prévia e falta de transparência. O sindicato busca pela redução do impacto causado pelas demissões na LG, e também pede que o governo federal promova a estatização das fábricas que realizarem demissão em massa.
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