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28/05/2021 às 09h12min - Atualizada em 28/05/2021 às 09h01min

Ah, que saudade de um abraço...

Mais uma coisa que a pandemia nos tirou: o carinho de um abraço

Thays Silva - Editado por Talyta Brito
Foto: Reprodução / Arquivo pessoal

Quem nunca cumprimentou um amigo com um abraço, que atire a primeira pedra. Se você mora em terras tupiniquins, com certeza já abraçou muitos amigos para cumprimentar, para se despedir, para matar a saudade ou simplesmente para, em algum momento especial, demonstrar carinho. E se o abraço deixasse de existir de repente? Seria estranho, com certeza. Na verdade, já está sendo...

As amigas Lena e Telma estão vivendo exatamente isso. Desde que o coronavírus chegou ao Brasil, não abraçar virou regra. E como boas brasileiras, é claro que elas sentem falta de um afago, um chamego. Convenhamos: esse é o momento em que a gente mais precisa de um abraço e é justamente quando ele está proibido.

Depois de um ano e três meses de “bom dia” e “boa tarde” no trabalho, elas tiveram um dia diferente. Um dia antes do Dia do Abraço, a empresa em que elas trabalham fez a testagem de COVID em todos funcionários e o resultado de todos os testes foi negativo. A emoção foi tanta, que elas não se contiveram. Era a única chance delas. Lena ligou a câmera do celular e saiu pelos corredores da empresa, querendo abraçar alguém. Encontrou Telma. “Vai ser a minha primeira vítima”, disse a Lena. E elas se abraçaram. Um abraço longo, apertado. Cheio de sentimento e saudade. Ah, que saudade de estar tão perto assim de quem a gente gosta!

Claro que esse ato transbordou alegria, emoção, um alívio momentâneo... e as lágrimas vieram. As duas recordaram que se abraçavam todos os dias, quando se encontravam no trabalho. Quando estavam felizes, se abraçavam. Quando estavam tristes, se abraçavam. Um ato de carinho para todos os momentos.

Mas, eu falei que todos os funcionários da empresa foram testados. Pois bem. Claro que o abraço das duas logo contagiou todos no ambiente. Foram os segundos mais longos, aliviantes e emocionantes para vários deles. E isso não é sem razão. Diversas pesquisas explicam que o abraço tem uma série de benefícios. Ajuda na sociabilização, alivia a dor, reduz a pressão arterial e protege contra os efeitos do estresse.

Se tem uma coisa que o mundo precisa nestes tempos de pandemia, é de proteção contra os efeitos do estresse. Se tem uma coisa que o mundo precisa, é de um abraço. E depois de tantos meses, não tinha como esse momento não ser emocionante.

Por enquanto não temos como saber quanto tempo vai levar até o próximo abraço de Lena e Telma. Só dá pra saber que todos nós vamos continuar sentindo falta desse ato tão significativo. Eu não sei você, mas quando isso tudo passar eu vou abraçar como nunca antes! Bateu a saudade aí também? Quem você vai abraçar?


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