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07/06/2019 às 19h37min - Atualizada em 07/06/2019 às 19h37min

A Rússia na Literatura: 10 obras que se tornaram grandes clássicos

Por Adrieli Fátima Bonini - Adrieli Fátima Bonini
Capa do livro "Crime e Castigo" de Fiódor Dostoiévski
Em meados do século 19 inúmeros escritores russos lançaram-se no cenário literário. Projetaram-se com obras simbólicas e extraordinárias que remetem as mais diversas complexidades da condição humana, além de apresentarem novos estilos e tendências de narrativa. Rapidamente, tais livros se tornaram grandes marcos da literatura em todo mundo. A literatura russa perpassa pelos mais diversos gêneros e escritores, desde obras primas como “Crime e Castigo” (1866), de Fiódor Dostoiévski a Eugênio Oneguin (1832), do escritor Aleksandr Púchkin.

Eugênio Oneguin (1832), Aleksandr Púchkin
A obra narra a vida de Eugênio Oneguin, que, em sua juventude, sente-se entediado com a vida. Sendo um rapaz rico, aristocrata e militar, ele permanece solteiro por medo das reponsabilidades. Certo dia, um verdadeiro amor passa por sua vida, a adolescente Tatiana. Entretanto, Eugenio ignora a garota. Anos mais tarde, ele parece despertar de seu tédio pela vida e assim, volta a encontrar Tatiana, porém, ela está casada.

Crime e Castigo (1866), Fiódor Dostoiévski
“Crime e Castigo”, considerado um dos maiores clássicos da literatura russa e universal, retrata a história Rodion Românovitch Raskólnikov. Um jovem estudante, que sem encontrar uma saída para seus problemas decide cometer um assassinato. Todavia, ao contrário do que ele imaginava, o crime torna-se uma tormenta ainda maior, pois o mesmo não consegue seguir com a sua vida após o delito.
 
Guerra e Paz (1867), Lev Tolstói
Com centenas de personagens e mais de mil páginas na versão original, “Guerra e Paz” é considerado um dos grandes romances da história. O enredo se passa durante a campanha de Napoleão na Áustria, e descreve a invasão da Rússia pelo exército francês e a sua retirada, compreendendo o período de 1805 a 1820. O jogo da política, as intrigas da corte, as tramas da sociedade, as táticas da nobreza arruinada, a brutalidade da guerra, sua banalidade e seus acasos são retratados na obra.

Os Irmãos Karamázov, (1880) Fiódor Dostoiévski
Na obra, Dostoiévski conduz o leitor a uma jornada singular pelos recantos mais sombrios da alma. A trama põe em foco três protagonistas irmãos, representantes dos mais diversos aspectos da realidade russa: Aliócha, o mais novo, que vive num mosteiro; Ivan, o intelectual e ateu; e Dimítri, militar e impulsivo. Apesar da diferença entre eles, os garotos compartilham algo comum: as tormentas de pertencer a uma família disfuncional.

Doutor Jivago (1957), Boris Pasternak
“Doutor Jivago” configura-se como o maior e mais importante romance da Rússia pós-revolucionária. Nele, Boris Pasternak traz à luz o drama e a imensidão da Revolução Russa pela história do médico e poeta Iúri Andréievitch Jivago. Em tempos em que a simples aspiração a uma vida normal é desprovida de qualquer esperança, o amor de Jivago por Lara e sua crença no indivíduo ganham contornos de um ato de resistência.
 
Oblómov (1859), Ivan Gontcharóv
“Oblómov” é uma obra-chave na literatura russa do século 19 e a obra-prima de Ivan Gontcharóv. A trama é centrada na vida de Iliá Ilitch Oblómov, um rico senhor de terras que mal sai do sofá e passa os dias de roupão, fazendo planos que nunca coloca em prática. Lançado em 1859, a obra suscitou amplo debate ao retratar, por meio do protagonista, a elite russa às vésperas do fim da servidão.

Antologia Poética (1962), Anna Akhmátova
A obra reúne as mais relevantes criações de Anna Akhmátova, incluindo “Poema sem Herói”, que ela considerava o coroamento de sua obra. Escrito durante a Segunda Guerra Mundial, o livro carrega a marca do sofrimento vivido pela poeta. Perseguida pelas autoridades stalinistas, que a proibiram de publicar, ela teve que enfrentar o fuzilamento do primeiro marido, a morte do terceiro em um campo de concentração e a terrível angústia de ver o filho preso.

Os Contos de Kolimá (1970-1976), Varlan Chalámov
Em Kolimá, no extremo leste da Sibéria, onde as temperaturas alcançam 60 graus negativos, localizavam-se os campos de trabalhos forçados mais terríveis da era stalinista. Foi neles que o escritor Varlam Chalámov cumpriu a maior parte de sua pena de quase 20 anos, trabalhando até 16 horas por dia, constantemente doente e desnutrido. Ao final desse período, ele retornou a Moscou e, no ano seguinte, começou a escrever “Contos de Kolimá”.

Pais e Filhos (1862), Ivan Turguêniev
A obra narra a história do jovem Arkádi Nikolaitch que, acompanhado de seu amigo e mentor Bazárov, volta à propriedade de sua família após formar-se na universidade. Bazárov é um personagem singular: despreza qualquer autoridade, é antissocial e se autoproclama um “niilista”. Suas convicções contrastam com os modos aristocráticos da família de Arkádi, provocando um conflito entre gerações.

Almas Mortas (1842), Nikolai Gógol
O livro é centrado em Pável Ivánovitch Tchítchicov, um burocrata afastado do serviço público por desonestidade. Ele percorre o interior da Rússia à procura da fortuna. Enquanto faz um retrato das autoridades das pequenas cidades e dos proprietários de terras, o personagem apresenta uma visão crítica e mordaz do sistema semifeudal existente à época, com os servos vivendo em meio a um quase regime de escravidão.
 
 
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