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25/06/2021 às 12h05min - Atualizada em 25/06/2021 às 02h40min

“O meu livro nasceu das minhas inseguranças”, revela Luana Karine, autora de “Se eu confiar: O encontro”

Para que Sophie Sales pudesse ir em buscar de seus sonhos, Luana teve que confiar primeiro em si mesma

Raphaela Vitor - Editado por Andrieli Torres
Arquivo pessoal: Luana Karine
Carioca em terras manauaras, Luana teve seu interesse pela escrita despertado após forçar em si mesma o hábito da leitura, não demorando muito que seu amor pelos livros transbordasse ao ponto de precisar criar suas próprias histórias.

“Na época comecei a escrever uma fanfic de Percy Jackson, um dos primeiros livros que eu li, fiquei apaixonada e sem sombra de dúvida foi ali que tudo começou, a vontade de escrever veio automaticamente, quando vi estava lá escrevendo sem técnica nenhuma, do meu jeito e sem pressão”, comenta.
 
A autora diz que por ter tido uma adolescência solitária, era difícil criar laços duradouros com as pessoas pois mudava de endereço com certa frequência. Nascida no Rio de Janeiro, já morou em Fortaleza e Belém do Pará, residindo atualmente em Manaus. A sensação de solidão por ter que fincar raízes de forma tão temporária, fez com que Luana encontrasse na escrita uma companhia inseparável, foi assim que seu hobbie se tornou algo maior em sua vida, e, quando completou 19 anos, sentiu que era a hora de dar vida a algo exclusivamente seu, dando início assim na jornada de “Se eu confiar; O encontro”, em 2019.
“Me mudava muito por conta do trabalho do meu pai, e mesmo cercada por pessoas as vezes, sempre tive sentimentos muito complicados, sofria de ansiedade e síndrome do pânico, então, Se eu confiar é um grito de bravura da minha parte, na minha dedicatória eu falo sobre arriscar, porque eu me arrisquei para escrever o livro, e foi uma bravura muito grande pois dependeu apenas de mim, mesmo tendo altos e baixos, foi um trabalho meu.”
 
Inspirada por autoras como Collen Hoover, Brittainy C Cherry e Carina Rissi e seus enredos cheios de reviravoltas e dramas, Luana usou como esboço suas experiências durante a adolescência para dar vida à Shopie Sales, uma das principais personagens de seu romance.
“Sophie possuiu muitos dilemas e conflitos, quando meus amigos me perguntam qual é o personagem eu sou nem me deixam responder e já me falam que sou ela, não só pelo ar dramático (risos). Eu peguei todos os pensamentos e dificuldades da minha adolescência e coloquei nela, ,achei importante adicionar a crise de ansiedade e síndrome do pânico mesmo que não seja presente na minha vida hoje em dia, mas é o que muitos jovens passam, principalmente agora na pandemia com os nervos à flor da pele. E, essa fase que a Sophie está, a dos 20 anos, entrando na vida adulta, quis quebrar um pouco o paradigma de que você precisa saber o que fazer depois dos 18 anos, e eu costumo dizer que quando você faz 18 anos nada muda menos que você faça algo de grandioso para mudar”.
 
A produção do livro durou em torno de quatro meses, porém, o interesse de publicar sua obra só floresceu algum tempo depois, no caótico ano de 2020. O processo de encontrar uma editora, em meio a responsabilidades acadêmicas e sobreviver a uma pandemia ao mesmo tempo, não foi fácil para Luana.
 
“Quase não tinha tempo com a faculdade e estágio, me programei para ter tudo pronto início desse ano, então eu pesquisei muito, não tinha contato com outros escritores então eu não fazia ideia de quais editoras mandar o meu manuscrito, corri muito atrás e foi tudo na base de pesquisa vi vários vídeos sobre as editoras e experiência de outros autores, entrei em contato com várias, tive respostas de algumas porém as propostas não me agradaram, de outras nem obtive respostas, e foi assim até encontrar a editora Viseu. Mas esse processo de receber sim não foi tão cruel para mim, porque já esperava, então não me abalou, agora todo esse processo de você confiar em uma editora é realmente algo de muita fé, mesmo pesquisando você pode cair em uma cilada ainda porque outra pessoa pode ter caído e não mencionou, acredito que hoje produzo conteúdo por isso, falando sobre as minhas experiências é para os que estão tão perdidos como eu estive lá no início.”

Atualmente com 21 anos e o seu livro em mãos, ela enfrenta um novo desafio, vender o seu "peixe", e convencer um possível leitor a dar uma chance ao seu romance não tem sido uma tarefa fácil, porém, a autora vem usando algumas artimanhas para garantir seu espaço nas prateleiras.
 
“Fazer com que as pessoas comprem o seu livro é muito difícil é muito complicado, até eu fiz um post no Instagram sobre o fato do escritor de pós-graduação em marketing, porque a meu ver é isso. É muito complicado convencer as pessoas que seu livro vale a pena ser comprado ou que ele é bom, tem a influência da capa, sinopse e tudo mais, ter que lidar com os sentimentos internos, você tem aquela sensação de dever cumprido ao mesmo tempo aquela ansiedade do será que alguém vai comprar? Mas vender realmente é complicado, estudar o marketing é o que eu mais faço sempre procuro ser diferente, do meu jeito, sigo muitos perfis no Instagram sobre conteúdo, engajamento é o que eu faço no meu perfil também dando dica para escritores iniciantes, acredito que tudo é estratégia, mas tem sido uma jornada complicada, porque sabemos que livros nacionais não são muito adquiridos pelos próprios brasileiros, mas a continuou aí pra vê no que vai dar o importante é não desistir”, revela.
Se eu confiar: O encontro, narra a trajetória de Sophie na busca de conquistar tudo aquilo que almeja ao decidir sair de Ohio, sua cidade natal aos 15 anos, para morar com uma tia, no Rio de janeiro, enquanto lida com suas inseguranças e os imprevistos que aparecem em sua vida e no meio do caminho esbarra com Nathan Bethancourt que vira a sua vida ao avesso. E para saber o desfecho dessa história, cabe a você, confiar e ler.

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@luanakarinegc I Instagram 

 

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