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02/08/2021 às 12h45min - Atualizada em 02/08/2021 às 12h08min

Brasil perde para a França no handebol feminino e se despede das Olimpiadas

Seleção jogava pelo empate, mas francesas dominam a partida e conseguiram o resultado.

João Vitor Figueiredo - labdicasjornalismo.com
França é superior e derrota as meninas do Brasil no handebol. (Foto: Brazil REUTERS/Susana Vera)

O handebol feminino brasileiro perdeu para a França  e está eliminado de forma precoce das Olimpíadas. A derrota por 29 a 22, nesta segunda-feira (2), tirou a vaga do Brasil nas quartas de final da competição, que foi ocupada pela própria seleção francesa. As leoas jogavam pelo empate para garantir a classificação, mas os muitos erros de ataque e a efetividade das francesas em suas jogadas determinaram o resultado.

 

Após empate na estreia contra o Comitê Olímpico Russo e vitória sobre a Hungria, esta foi o terceira derrota seguida do Brasil. A seleção encerrou a campanha na competição com três pontos, na lanterna  do Grupo B e fora da zona de classificação para a fase final. Foi o pior resultado do handebol desde Pequim - 2008.

 

PRIMEIRO TEMPO

 

Para o Brasil, era fundamental manter a efetividade no ataque e defesa forte para segurar o ímpeto da seleção francesa, atuais vice-campeãs olímpicas, que precisavam do resultado. O início de partida foi de muito equilíbrio com bolas na trave de ambos os lados e  gols alternados, O placar chegou a estar 4x4 ,com destaque para Alê, ponteira que marcou os quatro primeiros gols da seleção brasileira na partida.


Por volta dos dez minutos, os rumos da partida começaram a mudar. A defesa da França ajustou a marcação e dificultou as ações brasileiras pelo centro, o que forçava vários erros das meninas do Brasil. Com força e variações de jogada no ataque, as francesas abriram 12 x 7 após dois erros brasileiros. Superioras na partida, com amplo domínio e controle, a diferença chegou a 16 x 9 e a primeira etapa terminou em vantagem de 17x11 para a França.

 

SEGUNDO TEMPO

 

Pela dinâmica do jogo ainda havia tempo para buscar o resultado. E foi com esse espírito que o Brasil voltou para a segunda etapa. Logo nos primeiros minutos a seleção parecia ter ajustado os problemas defensivos da primeira parte da partida. A vantagem das francesas caiu para 18-15 depois da seleção marcar quatro vezes consecutivas. O Brasil chegou a ter uma jogadora a mais durante dois minutos, mas não conseguiu aproveitar. Passado o incômodo inicial, novamente a França impôs seu domínio, e aumentou a vantagem para 21-16.

A partir daí, o nervosismo por estar atrás do placar parecia já ser um novo elemento que impedia a efetividade brasileira no ataque. Foram três ataques seguidos sem bola na rede, enquanto a França seguia vencendo
Babi e a defesa do Brasil. Aos 22, o placar já era de 28-18, praticamente definido. Até o final do jogo, as Leoas marcaram mais quatro vezes, Babi ainda impediu mais dois gols das francesas, mas o placar final foi de 29-22, o que decretou a eliminação brasileira.

 

AO FIM DO JOGO, DESPEDIDA

 

A eliminação precoce em Tóquio marcou também a despedida de uma das principais jogadoras do Brasil na história do handebol feminino. A ponteira Alexandra (Alê), 39 anos, que participou de cinco Olimpíadas e foi destaque no título mundial em 2013, anunciou sua aposentadoria em entrevista ao canal Sportv.

 

As meninas mais novas vão continuar. Eu não. Fiquei muito feliz de estar aqui. Foi um prêmio ter a oportunidade de jogar a minha quinta Olimpíada. Ajudei na medida do possível, estou feliz, mas a minha caminhada se encerra por aqui, infelizmente sem medalha. É cabeça erguida e as meninas vão continuar”, disse a ponta direita. Alê pontuou que o encerramento do ciclo com a seleção passa muito pelo desejo da maternidade. Tive cinco anos que estou falando que vou parar de jogar e não consegui, só que agora chegou o momento. Eu também quero ser mãe. Agora que acabaram as Olimpíadas, meu objetivo é realmente me concentrar pensando mais no meu corpo para visualizar a gravidez , comentou.
 

Alê fez ontem sua última partida com a seleção brasileira. (Foto: Vitor Jubini/A Gazeta)

Além das participações nos jogos e conquista do inédito mundial, Alê foi escolhida como melhor jogadora do mundo em 2012 e marcou época com a camisa da seleção na última década.

 

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