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10/08/2021 às 19h35min - Atualizada em 09/08/2021 às 18h48min

Músicas brasileiras que inspiraram os atletas durante os Jogos Olímpicos de Tóquio

Laiz Vaz - revisado por Jonathan Rosa
Rebeca Andrade durante sua apresentação de classificação. (Foto/ Reprodução: Paraná Portal)

O último final de semana das olimpíadas foi de fortes emoções para os brasileiros, além das medalhas a competição também foi palco para muitos artistas serem reconhecidos mundialmente. O gênero que teve maior destaque foi o funk, nas apresentações da Rebeca Andrade que conquistou o ouro com Baile de favela, o medalhista de bronze Alison dos Santos ao som de Vulgo Malvadão e a atleta norte americana Laura Zeng que competiu com Energia da Pabllo Vittar com Sofi Tukker

 

Rebeca é nascida e criada em Guarulhos, SP e a partir dos seis anos começou a treinar e praticar ginástica artística através do programa de Iniciação Esportiva da Prefeitura. Aos oito iniciou na equipe de alto rendimento e se dedicou a carreira de ginasta. Nas Olimpíadas de Tóquio 2020 ela conquistou dois pódios, o primeiro de prata na categoria artística geral - individual femino, e em seguida ouro em ginástica artística - salto feminino.

 

A música Baile de favela, escolhida por sua equipe para a apresentação de salto, é do Mc João, um hit de 2015 que voltou a chamar atenção e até a ter mais reconhecimento na mídia após as apresentações da Rebeca. O responsável pela definição da trilha sonora foi o Rhony Ferreira, coreógrafo da seleção brasileira. 

 

Em entrevista ao G1, Rhony explicou: 

Quando faço coreografias para Olimpíadas e Pan-americanos, penso que ali é a grande chance que a gente tem de mostrar para o mundo inteiro a nossa cultura, porque todos os olhos estarão voltados para nós. Esse funk retrata uma realidade brasileira porque, às vezes, o baile na favela é o refúgio ou o cantinho que o brasileiro tem para se divertir, para sorrir, pra esquecer as mágoas, os problemas, é uma festa"

 

Segue abaixo os vídeos das apresentações da Rebeca nas olimpíadas:

Apresentação salto da Rebeca Andrade. (Reprodução: SporTV2/ Rodolfo Ramos/ YouTube)


Na competição individual de salto, Rebeca iniciou com pirueta Cheng, mas pisou na linha e perdeu alguns pontos. Contudo a atleta brasileira atingiu a média de 15.166, a maior nota até aquele momento na modalidade. No segundo salto ela aplicou um Amanar, com duas piruetas e meia. Na aterrissagem, ela deu dois passos e pisou na linha, o que também influenciou a nota negativamente. Mas mesmo assim, ela alcançou uma média de 15.083 e conquistou o ouro.

 

Os atletas da ginástica rítmica geralmente se apresentam com músicas clássicas ou músicas que representam o próprio país, como a Rebeca, mas há as suas exceções, como a Laura Zeng. A atleta que representou os Estados Unidos na categoria individual se apresentou nas séries de arco, fita, e bola.

 

Na categoria bola, sua música escolhida foi Energia (Parte 2), da Pabllo Vittar em parceria com a Sofi Tukker. Esta foi a primeira vez em que Pabllo apareceu nas olimpíadas em uma das competições, apesar do DJ Stari, o responsável pela trilha sonora entre os jogos olímpicos, já ter colocado suas músicas durante os intervalos.

Sua apresentação não resultou no pódio, mas na primeira rotação do classificatório da ginástica rítmica rendeu a 12ª colocação para a norte-americana, com 23.700 pontos.

 

Nosso outro medalhista musical é o Alison dos Santos, também conhecido por Piu, ele competiu nos 400 m de atletismo com barreiras, neste jogos olímpicos ele garantiu a primeira medalha do Brasil na modalidade, sendo a de bronze.

 

A música escolhida por Piu para homenagear o seu momento e que segundo ele foi usada como um mantra é a “Vulgo Malvadão” d a MC Jhenny, de 19 anos que foi nascida e criada em Duque de Caxias, RJ.  A canção já era um sucesso e trend no TikTok antes da sua aparição nas Olimpíadas, mas após esse episódio se concretizou ainda mais no aplicativo.

 

Piu fez a prova em 46s72, menos de um segundo atrás do campeão da prova, o norueguês Karsten Warholm, que marcou 45s94 e estabeleceu novo recorde mundial. A prata ficou com o americano Rai Benjamin (46s17).

 

Nesta olimpíada foi possível notar que cada vez a cultura e as músicas brasileiras estão atingindo novos níveis e reconhecimentos globais. Estão, vamos torcer para que nas próximas competições o Brasil consiga mostrar ainda mais a nossa cultura.


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